NOVA YORK – Apesar dos esforços para
regular as farmácias na internet,
85% dos sites que vendem drogas
controladas não pedem receita,
segundo resultados de um estudo
revelado quarta-feira.
A maioria dos pedidos feitos nas
365 farmácias virtuais que foram
examinados são de substâncias
controladas, especialmente
benzodiazepinas como Xanax e Valium,
conforme um boletim do National
Center on Addiction and Substance
Abuse da Columbia University, em
Nova York.
Pesquisadores do CASA, que
militam contra o abuso de
substâncias, usaram mecanismos de
busca para achar sites que vendiam
medicamentos controlados. Vender
medicação controlada sem prescrição
médica é ilegal.
É difícil quantificar o quanto
estes sites ganham com a venda de
medicação prescrita ou quantas vezes
as receitas são usadas, disse Joseph
Califano, presidente do CASA. Um dos
principais problemas é que estes
sites funcionam por pouco tempo e
depois reabrem com outro nome.
De acordo com pesquisas e
dinâmicas de grupo feitas com
estudantes aponta que muitos obtêm
medicação controlada pela internet.
“A internet é como uma loja de
doces famacêutica para jovens e
estudantes”, disse Califano, que já
foi secretário da Saúde.
“Nos últimos anos triplicou o
número de usuários de medicação
controlada na faixa de 12 a 17 anos.
Conhecemos muitos desses jovens que
conseguem os remédios pela
internet”, disse ele.
Somente dois dos 365 sites são
certificados pelo National
Association of Boards of Pharmacy,
uma associação profissional que
representa todos os conselhos
regionais de farmácia, mostrou o
estudo. Neste universo, 42% dos
sites deixam claro que não é preciso
receita médica para adquirir
medicamentos.
O estudo do CASA recomenda que os
Estados Unidos negociem acordos com
outros governos para frear o
comércio de medicação pela internet.
Também convocaram o Yahoo, o
Google, e o MSN para bloquear
propaganda de farmácias virtuais, em
seus mecanismos de busca, que não
tenham licença para operar
legalmente.