O inglês, inventor do World Wide Web e diretor do World Wide Web Consortium - que supervisiona o seu desenvolvimento da Internet -, foi recebido sob aplausos da platéia. E contou suas principais preocupações e seus grandes interesses atualmente na rede mundial.
Entre os pontos negativos, Berners-Lee destacou "a falta de 'interoperação' de redes sociais" como o Facebook, o MySpace e etc. "Estou preocupado com tudo que é grande e está tomando o controle, tanto grandes empresas quanto governos", disse.
Como grande inventor do modo de navegação que popularizou a rede mundial, ele lembrou que, "se não fosse aberta, a Internet não teria existido". Por isso, como contraponto, defendeu que as pequenas empresas com sistemas abertos podem fazer com que o plano das grandes em fechar conteúdos fracasse.
Sobre o tema inclusão digital, usou dados para fazer uma crítica: apenas 20 ou 25% das pessoas estão conectadas, apesar se 80% ter sinal disponível.
"Isso quer dizer que essas pessoas poderiam entrar na Web de onde estão e se tivessem a ferramenta ou o desejo de fazê-lo", lembrou Berners-Lee. Ele acredita que um dos grandes motivos dessa discrepância é o fato de que muito da Internet não está desenhado para todas as culturas.
Sobre o que mais o atrai atualmente, Berners-Lee citou "HTML5, GeoLocation, a migração das páginas da Web para mobile e apps".