Hoje, se alguém passar dez minutos na frente de um computador, isso será o suficiente para que apareça uma série de perguntas como "por que a Rainha da Inglaterra tem um perfil oficial no Twitter?", "qual o motivo para as pessoas passarem 100 milhões de horas editando a Wikipédia?" ou "o que levou os usuários a ficarem mais de um trilhão de horas em redes sociais?".
De acordo com Gil, o porquê é complexo e encontra raízes em relações sociais amplificadas pela internet. Para ele, questões como engajar-se, sentir-se incluído, ver-se como socialmente útil e pôr em prática a alma empreendedora são algumas das causas que levam a este novo comportamento virtual.
Tudo isso, no entanto, leva para um mesmo caminho, o que o palestrante chama de "generosidade coletiva". Em redes sociais, por exemplo, é possível enxergar exemplos desta afirmação, como quando pessoas recorrem ao Twitter para pedir socorro ou para saber informações de familiares e amigos envolvidos em uma tragédia, como foi o caso do último terremoto no Chile.
A criação colaborativa de conhecimento também pode ser vista em sites como o "Eu Lembro" - em que se pode acompanhar se as propostas de determinado candidato eleito estão sendo cumpridas - , ou do "Just Made Love", em que, por algum motivo estranho, pessoas compartilham com o mundo como foi sua última relação sexual.
Para além da impressão de que a internet é a solução para todos os problemas do mundo, o cenário vislumbrado pelo palestrante realmente impressiona. Neste contexto, geram-se novos valores sociais e novas responsabilidades, como o nascimento do"indivíduo coletivo". Segundo Gil, no século 21, a moeda que movimento o planeta é a reputação e a credibilidade. Para ele, há um novo tipo de civilização mais engajada nascendo e a rede social se tornou o lugar da verdade. "Há uma nova música embalando a humanidade", encerrou sob fortes aplausos.
Redação Terra