E
como
essa
ansiedade
se
reflete
no
dia
a
dia
das
pessoas?
No
mundo
corporativo,
por
exemplo,
os
trabalhadores
sofrem
uma
pressão
anormal
para
entregar
resultados.
Alguns
projetos
de
engenharia
que
demoravam
um
ano
pra
ficar
prontos
na
década
de
60,
hoje,
por
exemplo,
são
entregues
em
uma
semana
por
causa
dos
computadores
e da
troca
de
informações
entre
as
pessoas.
É
bom?
É!
Mas
o
projeto
acaba
sendo
feito
num
ambiente
muito
agressivo,
já
que
as
pessoas
competem
mais
entre
si.
Portanto,
hoje
o
trabalho
é
mais
conflituoso.
O
excesso
de
informações
interferiu
nas
relações
familiares?
A
internet
abalou
a
estrutura
familiar
de
duas
maneiras.
As
famílias
estão
mais
virtuais,
ou
seja,
gastam
mais
tempo
com
aparelhos
eletrônicos
do
que
com
as
pessoas.
Mas
ela
também
deixou
mais
perto
filhos
que
moram
longe
dos
pais,
por
meio
das
conferências
via
webcam,
e-mail,
redes
sociais
e
das
ligações
gratuitas
via
web.
Uma
interferência
bastante
curiosa,
no
meu
ponto
de
vista,
é
que
o
excesso
de
informação
modificou
a
hierarquia
familiar.
Até
meados
dos
anos
80,
o
pai
era
a
figura
central
da
família,
pois
tinha
a
experiência
do
trabalho
e da
vida.
Isso
não
existe
mais.
Hoje,
todo
mundo
da
família
pode
ter
o
mesmo
tipo
de
conhecimento.
Meus
netos,
por
exemplo,
me
ensinam
a
mexer
com
os
novos
eletrônicos
da
casa.
Isso
se
reflete
também
na
relação
patrão-empregado?
Também.
Hoje,
o
chefe
precisa
da
ajuda
dos
subordinados
para
conseguir
os
resultados.
Sem
esse
apoio,
o
chefe
não
faz
absolutamente
nada,
até
porque
não
domina
todos
os
processos
de
um
departamento.
A
mesma
coisa,
vale
dizer,
acontece
na
universidade.
O
aluno
pode
dominar
uma
linha
de
estudo
muito
mais
que
um
professor.
A
função
do
professor,
portanto,
é
usar
sua
experiência
para
ajudar
no
projeto
e
preparação
de
uma
pesquisa
acadêmica.
A
tecnologia
pode
prejudicar
o
ensino?
As
crianças
ganham
muito
jogo
de
cintura
com
os
computadores,
é um
fato.
Contudo,
elas
passam
a
usar
o
computador
para
tudo,
principalmente
para
resolver
os
problemas
matemáticos.
Ao
agir
assim,
as
crianças
deixam
de
lado
o
aprendizado
lógico
e a
abstração.
Para
uma
criança
aprender
bem,
ela
precisa
pegar
uma
folha
em
branco,
uma
borracha
e o
lápis
e
resolver
o
problema
sem
a
ajuda
das
máquinas.