Cidades importantes como Rio de
Janeiro ou mesmo Brasília, a
capital federal, não são
necessariamente as mais digitais
do País. É o que diz o Índice
Brasil de Cidades Digitais
lançado pelo CPqD em parceria
com a Momento Editorial. Segundo
a publicação, cujo objetivo é
medir o nível de digitalização
dos municípios brasileiros, os
mais avançados e que ocupam as
quatro primeiras posições do
ranking são Belo Horizonte (MG),
Curitiba (PR), Porto Alegre (RS)
e Vitória (ES). São Paulo (SP)
ocupa a nona posição, enquanto
Rio de Janeiro e Brasília nem
figuram entre as dez primeiras
posições. Pequenos municípios,
como Ibirapuitã (pouco mais de 4
mil habitantes), no interior do
Rio Grande do Sul, Tarumã (cerca
de 13 mil habitantes), no estado
de São Paulo, e Tauá (55 mil
habitantes), no interior do
Ceará, também estão bem
posicionados - entre os dez
primeiros - no Índice Brasil de
Cidades Digitais.
Em comunicado enviado à
imprensa nesta quarta-feira,
Juliano Castilho Dall'Antonia,
diretor de Tecnologias de
Serviços do CPqD, explica que
"as cidades digitais apresentam
diferentes estágios de
maturidade, ou níveis de
urbanização, em relação à
disponibilidade e uso das
Tecnologias de Informação, seja
pelo cidadão, governo, sociedade
ou empresas".
Para avaliar em que estágio
estão os municípios brasileiros,
o CPqD criou uma metodologia que
leva em conta uma série de
critérios, divididos em nove
categorias, relacionados não só
à infraestrutura tecnológica
(presença de equipamentos
primários, banda, cobertura
geográfica, etc), mas também à
disponibilidade de serviços
digitais e até de recursos de
acessibilidade, por exemplo,
para pessoas com deficiências
físicas ou analfabetas.
A partir desses critérios,
foi gerado um questionário com
15 perguntas, que foram
respondidas por mais de cem
municípios, de todas as regiões
do Brasil. Desse total, 75
questionários foram validados
pela equipe da Momento Editorial
e do CPqD, após checagem dos
dados e seu cruzamento com
informações da Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) e
do IBGE. A metodologia também
estabelece um sistema de
pontuação para cada categoria de
critério.
Além disso, quatro municípios
se destacaram em categorias
específicas: Acessibilidade,
Acesso Público, Cobertura
Geográfica e Serviços e
Aplicações. Esses municípios,
juntamente com as dez cidades
classificadas nas primeiras
posições do ranking, foram
premiados durante a solenidade
de lançamento do Índice Brasil
de Cidades Digitais, realizada
na terça-feira à noite, em São
Paulo.
"Esse trabalho pioneiro
revelou um fato importante: o
nível de digitalização no país
ainda é incipiente", afirma Lia
Ribeiro Dias, diretora da
Momento Editorial. "Ainda falta
muito para que as cidades
brasileiras alcancem o nível de
digitalização plena. Mas, com
iniciativas simples como a
ampliação da quantidade de
aplicações e serviços de governo
eletrônico, esses municípios
podem dar um salto de maturidade
nessa área", acrescenta.
Conheça os dez municípios
classificados nas primeiras
posições do Índice Brasil de
Cidades Digitais - e suas
respectivas pontuações:
1º - Belo Horizonte (MG) -
360 pontos
2º - Curitiba (PR) - 352 pontos
3º - Porto Alegre (RS) - 349
pontos
4º - Vitória (ES) - 347 pontos
5º - Ibirapuitã (RS) - 340
pontos
5º - Jundiaí (SP) - 340 pontos
6º - Campinas (SP) - 339 pontos
7º - Santos (SP) - 338 pontos
7º - São Carlos (SP) - 338
pontos
8º - Tarumã (SP) - 335 pontos
9º - São Paulo (SP) - 334 pontos
10º - Tauá (CE) - 332 pontos
E estes são os quatro
destaques: Acessibilidade -
Ibirapuitã (RS)
Acesso Público - Icapuí (CE)
Cobertura Geográfica - Campo Bom
(RS)
Serviços e Aplicações - Porto
Alegre (RS)
A lista completa dos 75
municípios do Índice Brasil de
Cidades Digitais encontra-se
disponível nos sites
www.wirelessmundi.inf.br e
www.cpqd.com.br
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