Hoje, pensar em cibercrimes em redes sociais é ultrapassado. Essa já é uma realidade para quem trabalha na área de proteção ao usuário. "Eles (os cibercriminosos) já usam as redes sociais para coletarem os dados e plantarem links maliciosos. Para eles, esse é um negócio lucrativo", disse o especialista, evidenciando que isso acontece principalmente porque a maior parte dos usuários está nas redes sociais. No Brasil, por exemplo, segundo a recente pesquisa TG.Net do Ibope Media, 79% dos usuários ativos brasileiros fazem parte de alguma rede social.
Kaspersky espera que os usuários consigam olhar para o futuro, entender as ameaças que estão por vir para, no presente, compreender a importância de se educar na web. Segundo o especialista, é preciso trazer a questão da segurança para a formação educacional das pessoa, de modo que a educação do uso da rede e a proteção possam se unir para garantir a integridade do usuário on-line.
"Eu temo que no futuro vejamos mais ataques a grandes empresas, bases militares e governos na procura por segredos. Ainda mais perigosos são os ataques em que as vítimas são sistemas industrias, de transporte e usinas de geração de energia", entre elas, as de energia nuclear, afirma o entrevistado. O Stuxnet, por exemplo, é um vírus que chamou a atenção do mundo cibernético em 2010 ao atacar uma usina nuclear no Irã.
O grande desafio para o futuro continua sendo garantir a segurança do usuário. O meio através do qual este objetivo será alcançado é que muda de acordo Eugene Kaspersky. Atualmente, procura-se trabalhar em conjunto com a polícia para identificar crimes que acontecem na rede. Mas independente disso, serve o conselho básico que não deve mudar nos próximos anos: é preciso ser cauteloso com a publicação de informações de qualquer natureza on-line. "Seja cuidadoso com os dados. Não forneça muitas informações principalmente nas redes sociais e não acreditem em ninguém", aconselhou o especialista. "Confiem somente em nós", brincou o entrevistado.