O Napster, precursor dos serviços de troca de arquivos P2P e um dos maiores incentivadores do formato MP3, pendurou o cartaz de "fechado" definitivamente. A ferramenta desaparece, sendo integrada ao anteriormente rival Rhapsody, maior serviço musical da atualidade nos Estados Unidos.
Em outubro deste ano, o Rhapsody anunciou a aquisição do Napster adiantando que o serviço seria diluído na empresa depois de encerrado o processo de compra. O que não se sabia - e ainda não se sabe - é o quanto foi pago pela Rhapsody à BestBuy, dona do Napster desde 2008.
O Napster foi fundado em 1999 pelo empreendedor Sean Parker e os irmãos John e Shawn Fanning, e cresceu como um serviço de troca de arquivos P2P sendo usado principalmente para compartilhar músicas. Foi, diz o site espanhol IT Espresso, a primeira plataforma a ocasionar o debate entre os defensores da propriedade intelectual e aqueles que defendiam uma 'cultura livre'.
Pouco depois de seu lançamento, a indústria fonográfica começou a fazer barulho ao saber que seus conteúdos licenciados circulavam livremente e sem controle pela rede. As denúncias, reclamações e ameaças de processo das grandes gravadoras tiveram, entretanto, o efeito contrário, fazendo com que o Napster chegasse a 26 milhões de usuários - e isso em 2001, há dez anos.
A empresa, de qualquer maneira, teve que desembolsar em torno de US$ 26 milhões pelas infrações a direitos de autor com efeito retroativo.
O fechamento temporário do Napster, sua conversão para um serviço de assinaturas ao ser comprado pela BestBuy e o surgimento de outras soluções similares reduziram a penetração do serviço: ao fim da negociação, a ferramenta contava apenas com 700 mil seguidores. E hoje anuncia seu fim, dando adeus aos fãs na internet.