Atualmente, o sistema – que só
funciona no Chile - usa sensores
caseiros que estão instalados em
três cidades do país. Para
criá-lo, Sebastian usou placas
controladoras Arduino para
captar e enviar os dados dos
sensores ao servidor. Desta
forma, é possível divulgar a
mensagem no Twitter após a
detecção de uma ameaça de
terremoto.
O adolescente diz
que pretende lançar um
aplicativo para smartphones e
tablets e tornar o aviso ainda
mais ágil. Assim, ao receber um
alerta de terremoto, o celular
poderia usar os avisos sonoros e
de vibração do dispositivo
móvel. “Isso aumentaria o tempo
que as pessoas têm para se
proteger”, diz.
Tragédia no Japão - Sebastian
teve a ideia de criar o sistema
por causa dos tremores que
aconteceram no começo de 2011 no
Japão – e, também, por causa dos
terremotos que acontecem no
Chile. “No início, eu fiz o
sistema por curiosidade. Mas com
o tempo, percebi que a
tecnologia poderia ser usada
para salvar vidas”, diz.
Klocker usa no sistema
sensores que custaram 50 dólares
cada. Também colocou no sistema
um serviço online empresarial de
comunicação de terremotos, que
custa US$ 2,5 mil dólares.
“Minha família me ajudou a
comprar os equipamentos, mas o
mais importante é notar que não
é necessário possuir uma quantia
grande e muitos recursos para
fazer algo útil e criativo”,
diz.
O adolescente afirma que, no
começo do projeto, algumas
pessoas achavam que o sistema de
avisos não funcionaria. “No
início, eu evitava comentar com
muitas pessoas como o sistema
funciona por achar que eles não
acreditariam que isso era
possível. Hoje, recebo
incentivos para ampliá-lo para
as 14 regiões no Chile, além de
jornais internacionais
noticiarem o que faço.”, diz.
Além do Chile, Klocker quer
expandir o projeto para outros
países ameaçados pelos desastres
naturais. A ideia é terminar o
projeto, torná-lo totalmente
funcional e evitar falsos
alarmes, o que poderia afetar
milhares de usuários. Para
ajudar outras regiões, o
adolescente quer compartilhar o
código fonte do projeto. “Ao
fornecer o código, poderei
aprimorar o sistema”, diz.