Fique atento, pois
cibercriminosos brasileiros
desenvolveram um novo método
para roubar dados
financeiros. De acordo com o
blog da
Kaspersky Lab,
a novidade é o Chupa
Cabra, um código
malicioso criado para copiar
e transmitir informações de
cartões de débito e crédito
a partir das leitoras de
cartões presentes em lojas,
supermercado, postos de
gasolina e outros
estabelecimentos.
"Os carders brasileiros
uniram forças com
programadores locais para
inventar uma maneira mais
fácil e segura para roubar e
clonar um cartão de crédito,
já que instalar um aparelho
chupa-cabra físico em um
caixa eletrônico, por
exemplo, é arriscado",
declarou o pesquisador Fabio
Assolini. Para quem não
sabe, carders
são ladrões especializados
na clonagem de cartões.
Após a montagem do aparelho,
é instalado um vírus no
computador onde as leitoras
(PIN pads) são conectadas. A
partir daí, ele intercepta a
comunicação da leitora com o
software de pagamento e
envia as informações para o
cibercriminoso. Por isso a
escolha por inserir um
malware em um PC não foi
em vão: colocar um vírus
nessas máquinas é mais
simples do que trocar a
leitora ou colocar algum
dispositivo extra nela.
Os principais dados do
cartão, como número, nome e
código de segurança do
usuário, são transmitidos em
forma de texto simples. O
malware, então, intercepta
essa transmissão e a envia
para o criminoso.
Assolini explica que os
leitores de cartão são
protegidos com recursos de
hardware e software para
criptografar os dados e as
senhas digitadas. No
entanto, esses aparelhos
estão sempre conectados a um
computador via cabo USB ou
serial, e os leitores mais
velhos e ultrapassados ainda
usados no Brasil são ainda
mais vulneráveis -
justamente nesse ponto.
O
malware foi detectado
pela primeira vez no Brasil
em dezembro de 2010 e
nomeado como Trojan-Spy.Win32.SPSniffer,
e tem quatro variantes (A,
B, C e D). Segundo Assolini,
esses Trojans são altamente
especializados e detectam
metas específicas de ataque.
O programa é negociado entre
os carders brasileiros por
US$ 5 mil dólares.
Alertadas sobre o problema,
as empresas de cartão de
crédito começaram a fazer
updates do firmware das
leitoras antigas, a fim de
proteger os dados dos
consumidores.
Olhar Digital