Para evitar fraudes no sistema de saúde, a
Associação Paulista de Medicina lançou o e-atestado, um atestado médico
digital que poderá ser usado por médicos do estado de São Paulo a partir da
próxima segunda-feira (02/04).
Assim, ficará mais fácil para os empregadores verificarem a autenticidade dos
documentos apresentados pelos funcionários - e tudo acontece online.
Para usar, é fácil: basta o médico possuir o e-CPF, documento eletrônico de
identidade, e registrar os dados do paciente.
"Os atestados digitais têm exatamente os mesmos campos dos impressos, mas, como
são preenchidos eletronicamente pelos médicos, não podem ser falsificados
depois", diz Paulo Tadeu Falanghe, diretor de Previdência e Mutualismo da APM,
segundo o
site da Associação.
No modo eletrônico, um atestado com um número identificador é gerado. Esse
número é o que será usado para consultas de autenticidade. Porém, há um custo de
R$1 por cada atestado. Esse valor pode ser pago pelo próprio médico ou pela
empresa, que vai adquirir os documentos e os fornecerá para os profissionais que
atendem seus pacientes.
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina, diz que não há
"uma dimensão exata das fraudes, mas sabemos que é uma coisa comum". Ele explica
que o e-atestado poderá comprovar a veracidade do documento, e não existirá mais
a necessidade de chamar os médicos para prestar possíveis esclarecimentos na
delegacia.
A Associação pretende ampliar o e-atestado, atingindo outras áreas como as de
laudos de perícia, receitas de medicamentos de alto custo e até de remédios
comuns. Mas, para esses casos, ainda não há previsão de criação ou implantação
da ferramenta.
Meinão diz que "é como a questão do imposto de renda", que antes era feito em
papel e hoje pode ser enviado em forma eletrônica. Ele também diz que "a
sociedade entendeu que é preciso minimizar ao máximo o uso do papel e usar
métodos mais modernos e seguros".
Hoje, existem casos de pessoas que nem sequer são médicos e utilizam blocos de
atestados roubados e até carimbos falsificados em nome de profissionais. Além
disso, também existem os atestados legais, que são emitidos apenas para
favorecer o paciente.
Olhar Digital