O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem um custo avaliado de R$ 750 milhões. Apenas o lançamento custará US$ 80 milhões, cerca de US$ 150 milhões.
"Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro. O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.
Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes Brics, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".
Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde os anos 80 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul.
Durante a visita bilateral à Índia na sexta-feira, Raupp assinará com as autoridades indianas um acordo para o programa "Ciências Sem Fronteiras", que permitirá o treinamento no exterior de estudantes e especialistas brasileiros nas áreas das ciências naturais e engenharia.
Brasil e Índia devem aumentar cooperação em
ciência e tecnologia
As autoridades da Índia serão as primeiras na Ásia a
formalizar parceria com o Brasil no programa Ciência
sem Fronteiras, lançado em julho de 2011, e que
pretende enviar para o exterior, em 4 anos, 75 mil
estudantes ¿ desde alunos de graduação até
cientistas com pós-doutorado. A presidente Dilma
Rousseff elogiou nesta quarta-feira os avanços
conquistados pelos indianos em ciência, tecnologia e
inovação. "Os brasileiros admiram a capacidade da
Índia de combinar valores milenares com avanços
notáveis em ciência, tecnologia e inovação", disse.