Rastreador de boatosSe você anda incomodado com
fuxicos e boatos a seu respeito na internet, não se preocupe: já
existe uma forma de rastrear e identificar o difamador.
Mas o programa criado pelos cientistas da Escola Politécnica
Federal de Lausanne, na Suíça, terá outros usos de interesse
mais geral.
"Usando nosso método, nós podemos encontrar a fonte de todos
os tipos de coisas circulando em uma rede simplesmente 'ouvindo'
um número limitado de membros daquela rede," explicou o Dr.
Pedro Pinto, idealizador do algoritmo.
Suponha que você tome conhecimento de um boato a seu respeito
que tenha se espalhado por um site de relacionamentos, e que já
tenha sido enviado para 500 pessoas, incluindo seus amigos, e
amigos dos seus amigos, e assim por diante.
Como encontrar a pessoa que começou o boato?
"Olhando as mensagens recebidas por apenas 15% dos seus
amigos, e levando em conta o fator tempo, nosso algoritmo pode
traçar a rota original da informação e chegar até a fonte do
boato," garante o pesquisador.
Rastreamento de epidemias
Além de boatos, o programa poderá ser usado para rastrear
mensagens criminosas, spam, vírus disseminados por meio de
mensagens e até epidemias de doenças infecciosas.
Isto é possível porque o programa analisa informações
circulando através de redes, mas não necessariamente redes de
computadores.
Por exemplo, os pesquisadores avaliaram seu algoritmo no caso
de uma epidemia de cólera, que se espalhou pelo sistema de
tratamento de água na África do Sul.
"Modelando as redes de distribuição de água, as redes
pluviais, e as redes de transporte humanas, nós fomos capazes de
encontrar o ponto onde apareceram os primeiros casos da
infecção, e monitorando apenas uma pequena fração das vilas,"
conta o Dr. Pedro.