NOVA YORK, 5 Set
(Reuters) - Uma pesquisa
que a Intel encomendou
em oito países, entre
eles o Brasil, mostrou
que 60 por cento dos
adultos e adolescentes
que usam tecnologia
móvel acham que os
internautas publicam bem
mais do que deveriam,
como fotos impróprias,
opiniões que ninguém
pediu e detalhes da vida
que não interessam a
ninguém.
"Amamos a
nossa tecnologia porque
ela nos conecta e nos dá
um veículo de expressão,
mas ao mesmo tempo
sentimos que há certo
exagero de informação",
opinou a porta-voz da
Intel, Jessica Hansen.
Quase a metade dos
7.087 adultos e 1.787
adolescentes que
responderam à pesquisa
se mostrou insatisfeira
com o excesso de
informações.
Cerca de 90 por cento
dos participantes
gostariam de que as
pessoas pensassem mais
sobre o que estão
postando e como será a
recepção.
Apesar de muitos
reclamarem do excesso,
poucos assumem uma
parcela de culpa nisso.
"Achamos que os
outros compartilham
muitas informações, mas
ao fazer uma
autoavaliação, claro
(...) que não estamos
entre os que publicam
demais", acrescentou a
porta-voz.
VERDADEIRO OU FALSO
A maior reclamação
entre os australianos
são os detalhes
irrevelentes que as
pessoas publicam sobre a
própria vida. Na
Indonésia, é o uso de
linguagem chula. Os
norte-americanos não
toleram quem vive se
queixando da vida.
A maioria dos
entrevistados acha as
pessoas revelam
informações demais e que
boa parte não é verdade.
No Japão, cerca de 30
por cento dos adultos
admitiram já ter
divulgado informações
falsas e 55 por cento
reconheceram que na
Internet agem diferente.
Nos Estados Unidos, 19
por cento assumiram já
ter mentido online.
A maioria das pessoas
usa a tecnologia móvel
para expressar opiniões
e se comunicar com
amigos e familiares. Na
maior parte do mundo, os
usuários o fazem uma vez
por semana, mas no
Brasil, China e Índia
metade faz atualizações
todos os dias.
Quase metade dos
brasileiros troca
informações sobre
esportes, mas na China,
França e Japão o tema
costuma ser notícias e
opiniões.
Para 41 por cento dos
franceses, fazer
revelações pela Internet
é mais fácil do que
pessoalmente.
Brasileiros e franceses
reclamam que as pessoas
não têm boas maneiras na
rede.
A pesquisa
entrevistou usuários na
Austrália, Brasil,
China, EUA, França,
Índia, Indonésia e
Japão.
(Por Patricia Reaney)