Os telefones inteligentes são ótimas opções para acessar a internet, ouvir
música, jogar e, também, armazenar bactérias. Quando próximos do ouvido, a
combinação com nariz e boca pode ser maléfica para a saúde e gerar gripe,
conjuntivite e até diarreia.
O alerta vem dos Estados Unidos, em reportagem publicada pelo
Wall Street Journal. “Algumas coisas que achamos ser pessoais na verdade
mais são mais públicas do que pensamos”, disse Jefrey Cain, presidente da
Academia Americana de Médicos de Família e chefe do Hospital Infantil de
Colorado. “As pessoas estão tão propensas a ficar doentes com seus smartphones
quanto com a sujeira encontrada em seus banheiros”, completou.
O laboratório HML testou oito modelos de smarphones e descobriu que nenhum deles
escapou das bactérias. Pior: todos continham índices anormais de coliformes
fecais. “Os resultados são muito ruins”, alertou Donald Hendrickson, professor
de microbiologia médica da Ball State University. Segundo ele, a causa é a falta
de higiene adequada e a pouca frequência com que as pessoas lavam as mãos.
Dos quatro métodos de limpeza testados, o álcool se mostrou o mais eficiente
enquanto a água teve o pior desempenho. No entanto, não há consenso sobre qual a
melhor maneira de eliminar os germes dos aparelhos porque médicos, pequisadores
e fabricantes divergem.
Comenta-se que produtos desenvolvidos especialmente para este fim podem
danificar algum componente do telefone ou até mesmo falhar na remoção total dos
germes. “É complicado porque as empresas não falam qual o revestimento do
smartphone, então não dá para dizer se uma compressa com álcool vai ou não
prejudicar a tela”, afirma Michael Schmidt, professor de Microbiologia da
Universidade da Carolina do Sul.
Para ele, “estamos alimentando as pequenas criaturas". O professor refere-se ao
fato de os smartphones terem se tornado item indispensável e, por isso, levados
a tiracolo para academias, restaurantes, shoppings e afins.
Especialista ouvido pelo WSJ, Boh Ruffin diz que métodos tradicionais, como o
uso de panos banhados em álcool, não danificam a tela do celular. "A única coisa
que afetaria a tela é o uso de ácido clorídrico", garante. Mas os fabricantes
não confiam tanto assim.
Apple e
Blackberry desaconselham os usuários a usar qualquer tipo de detergente,
álcool, spray ou solvente para limpar os aparelhos. Já o Google diz que os
fabricantes do Android não têm uma política clara para métodos de limpeza.
Olhar Digital