Uma pesquisa realizada pela Internet Watch Foundation (IWF) indica que 88% das fotos e vídeos caseiros sexualmente explícitos de pessoas jovens foram retiradas do seu site de original e publicadas em outras páginas na internet.
O objetivo da organização inglesa, explica a nota de divulgação do documento, é alertar os internautas para os perigos de compartilhar esse tipo de conteúdo na internet, e a facilidade com que se perde o controle sobre a divulgação de informações na internet.
Foram analisadas 12 mil imagens e vídeos do gênero, presentes em 68 sites, durante 48 horas.
Conforme a publicação da IWF, enquanto os usuários usaram sites como redes sociais para publicar e compartilhar as imagens originalmente, os sites parasitas - como chamaram os pesquisadores - que replicaram os arquivos eram voltados especificamente à conteúdos explícitos.
"Encontramos muitas fotos íntimas que foram copiadas do local original e então republicadas em outros sites para formar coleções há algum tempo, mas essa é a primeira vez que conseguimos demonstrar a extensão disso", diz Sarah Smith, pesquisadora técnica da IWF.
Para Susie Hargreaves, CEO da Fundação, é importante que os jovens se conscientizem que "uma vez que uma foto ou um vídeo foi parar na internet, pode ser que nunca mais seja removido", alerta.
Foram analisados 7.147 fotografias, 5.077 vídeos e 5.001 arquivos que mesclavam vídeos e fotos. Dos 12.224 arquivos analisados, 10.776 estavam em sites parasitas.
Em depoimentos, entrevistados disseram que fotos em celulares seus roubados, imagens escaneadas e vídeos foram colocados em sites sem seu consentimento e acabam atrapalhando suas vidas. "A foto é o primeiro resultado (em buscadores) pelo meu nome... essa imagem pode comprometer uma futura carreira minha, ou me constranger caso parentes ou amigos a vejam", disse um dos entrevistados, que não se identificou.