Moda eletrônicaOs
tecidos inteligentes, ou
e-tecidos, estão entre os conceitos mais promissores quando o
assunto é deixar os equipamentos eletrônicos verdadeiramente portáteis.
De um lado, a
eletrônica flexível tem avançado rapidamente, já podendo contar não
apenas com
fios de algodão que transmitem eletricidade, mas também com
transistores de algodão eletrônico.
De outro, o problema é alimentar a eletrônica incorporada nas roupas,
o que tem sido feito com
nanogeradores,
baterias flexíveis e
roupas capazes de armazenar eletricidade nas próprias fibras.
Foi neste setor da eletrificação que pesquisadores coreanos
conseguiram o avanço mais recente nesse emergente campo da "moda
eletrônica".
Híbrido estática-piezoelétrico
Hyunjin Kim e seus colegas da Samsung conseguiram reunir os materiais
piezoelétricos - que geram energia a partir do movimento da pessoa que
usa a roupa eletrônica - com materiais que capturam a eletricidade
estática, que também se acumula com o movimento da roupa.
Nesse sistema híbrido, a energia gerada pelo material piezoelétrico é
reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma
corrente significativamente maiores.
A parte piezoelétrica usa os já tradicionais nanofios de óxido zinco,
usados na maioria dos nanogeradores.
Os nanofios foram incorporados em uma malha feita com fibras
artificiais - o tecido propriamente dito - recobertas com prata e, a
seguir, com uma película de polietileno.
Eletrizante
Os nanofios piezoelétricos produzem eletricidade quando o tecido da
roupa é movimentado, flexionando os nanofios.
Já a eletricidade estática é gerada pelo movimento entre o filme de
polietileno e as fibras revestidas com prata.
Com um pedaço de tecido eletrônico de alguns centímetros quadrados,
os pesquisadores produziram uma corrente de 2,5 mA, a uma tensão de 8
volts, largamente superior a qualquer outro dispositivo similar.
No experimento de demonstração, o e-tecido gerou energia suficiente
para alimentar uma tela de cristal líquido de 9 x 3 centímetros e um LED.