Crítica computadorizadaNão é apenas nos
videogames que as máquinas já conseguem se equiparar aos humanos.
É certo que os computadores ainda não conseguiram mostrar-se
verdadeiramente inteligentes, superando o
Teste de Turing clássico.
Mas eles conseguiram superar um desafio que parecia muito menos
provável: apreciar a arte humana.
Lior Shamir e Jane Tarakhovsky, da Universidade Tecnológica de
Lawrence, nos Estados Unidos, elaboraram um algoritmo que mostrou um
"bom gosto artístico" impressionante.
Na verdade, o programa fez mais do que isso: ele conseguiu "entender"
a arte, organizando pinturas em categorias, imitando a percepção e a
análise feita por especialistas.
Descritores numéricos
O programa analisou aproximadamente 1.000 pinturas, de 34 artistas
renomados, procurando por similaridades.
De forma surpreendente, ele respondeu criando uma rede de
similaridades entre os pintores que coincide largamente com a
categorização feita pelos historiadores da arte.
O programa atribuiu a cada pintura 4.027 descritores numéricos de
contexto - números que refletem o conteúdo da imagem, como textura,
cores e formas.
Isto permite quantificar vários aspectos do conteúdo visual.
O programa então usou métodos de reconhecimento de padrões e técnicas
estatísticas para detectar padrões complexos de semelhanças e diferenças
entre os estilos artísticos, e quantificar essas semelhanças.