Apenas 30 das novas fitas seriam suficientes para armazenar os dados que
serão produzidos em um dia pelo
Square Kilometre Array (SKA), o maior radiotelescópio do mundo, que
está sendo construído na Austrália - dentre os vários desafios de
engenharia a serem vencidos na sua construção está uma forma para
armazenar o 1 petabyte de dados diários.
Evangelos Eleftheriou, da
IBM, afirma que, quando o SKA estiver pronto, a nova fita cassete que
ele e seu grupo estão desenvolvendo já deverá armazenar 100 terabytes de
dados.
Economia de energia e durabilidade
O uso de fitas magnéticas, em lugar dos discos rígidos, poderá também
ter um grande impacto no consumo de energia das centrais de dados.
Estudos indicam que data-centers de fitas magnéticas
consumirão 200 vezes menos energia do que data-centers que usam
discos rígidos, simplesmente porque as fitas cassete não precisam ficar
girando o tempo todo, mesmo quando não são usadas.
Por outro lado, as fitas, que são largamente utilizadas em sistemas
de backup de bancos e grandes empresas, têm um tempo de acesso
mais lento do que os discos rígidos porque elas dependem de sistemas
robóticos que precisam pegar a fita em um prateleira e colocá-la no
leitor quando seu dado é necessário.
Mas Eleftheriou garante que o Sistema Linear de Arquivos em Fitas que
ele e seus colegas estão desenvolvendo deverá ter um tempo de acesso
comparável ao dos discos rígidos.
Outra vantagem é a durabilidade.
Enquanto a
memória eterna não chega, uma fita magnética pode guardar seus dados
com segurança por um século - um disco rígido não garante mais do que
uma década.