A Telefônica Brasil e a MasterCard anunciaram nesta
quarta-feira um cartão atrelado à conta do telefone
celular pré-pago para transações financeiras.
O
produto tem os não bancarizados como alvo. Entre
outras funções, o cartão permitirá recarga de
celular, transferência de valores para outros
clientes da Vivo, operadora de telefonia móvel da
Telefônica Brasil, e pagamento de compras.
"O objetivo é alcançar clientes da Vivo que não
tem conta bancária", disse a jornalistas o
presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente.
Quem aderir ao serviço receberá um cartão com a
bandeira MasterCard e uma senha. Esses clientes
terão também uma conta-corrente pré-paga
administrada pela MFS, joint venture criada pelos
sócios para administrar soluções de pagamentos
móveis.
Assim, os assinantes poderão "depositar" recursos
na conta-corrente pré-paga comprando créditos nos
mesmos estabelecimentos onde hoje apenas recarregam
o telefone. Quem receber transferências de recursos
poderá sacá-los em dinheiro em caixas eletrônicos
Cirrus, da MasterCard, como a rede 24 horas.
De acordo com os executivos das empresas sócias,
o produto não depende de uma instituição financeira
para ser operado, por não envolver transações de
crédito. Os recursos serão mantidos em
contas-reserva em bancos (três instituições cujos
nomes não foram revelados).
O lançamento deve acontecer em abril em cinco
cidades e ser expandido para todo o país até julho.
A expectativa é de que o serviço tenha 200 mil
usuários em dezembro do ano que vem, com uma
movimentação mensal de cerca de 500 mil operações.
"A ideia é atingir 50 por cento da base de
clientes de pré-pago da Vivo em alguns anos", disse
a jornalistas o presidente da MFS, Marcos Etchegoyen.
A empresa tem participação igualitária de 50 por
cento de MasterCard e Telefônica.
Em setembro, dos 76,8 milhões de telefones móveis
da base de clientes da operadora, a maior do país,
cerca de 59 milhões eram linhas pré-pagas.
Segundo os executivos, o serviço estará
disponível para todos os clientes, mesmo os que não
tiverem smartphones, sem custo adicional. O valor
das tarifas que serão cobradas, porém, não foram
reveladas.