O
Facebook tentou acalmar os usuários mais insatisfeitos com a implantação do
Graph Search
ensinando-os como bloquear as suas informações. Entretanto, as medidas ainda
não são suficientes para manter a privacidade na rede social e se proteger deste
recurso, acredita Rainey Reitman, diretora de ativismo da Electronic Frontier
Foundation (EFF).
O usuário, aponta Reitman, pode até bloquear todos os dados de seu perfil, mas
não tem como controlar o uso que seus contatos fazem. E as informações que seus
amigos e conhecidos divulgam sobre você no
Facebook também ajudam a formar a sua imagem para o Graph Search, assim como
as fotos que eles postam.
A única alternativa, segundo ela, seria deixar o Facebook, o que também não é
viável para a maioria das pessoas. "Elas querem fazer parte da comunidade do
Facebook, para se comunicar com os amigos e verem o que eles estão fazendo",
afirma a diretora da EFF.
Reitman ainda não crê em protestos para solucionar a questão do Graph Search.
Com tantos usuários, a rede social é praticamente imune a pequenas
manifestações. Para uma mudança real, seria necessária haver uma debandada geral
de usuários, ou manifestações por parte de anunciantes. "Nós não somos os
clientes do Facebook. Somos o produto", afirma.
Segundo ela, apesar de tudo, o recurso não é totalmente maléfico, como muitos
pensam. Reitman dá o exemplo de que é possível descobrir músicas que seus amigos
gostem e fazer bom uso desta informação.
Olhar Digital