Cientistas criaram uma forma mais eficiente para aprisionar arco-íris.
O feito representa um avanço na área de fotônica que promete aplicações em áreas que vão desde a energia até as camuflagens e as comunicações ópticas, passando pela emergente plasmônica.
Tudo começou em 2009, quando a Dra. Vera Smolyaninova aprisionou o primeiro arco-íris.
Armazenar a luz no interior de materiais sólidos significa essencialmente fazer com que a luz propague-se a uma velocidade menor, tornando possível manipular os fótons conforme a necessidade, seja para transmitir dados ou para fazer cálculos quânticos.
Em 2011, uma equipe da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, miniaturizou tudo, colocando a armadilha de arco-íris no interior de um chip.
Agora, a mesma equipe deu um passo adicional, criando um chip feito com uma superposição de materiais que diminuem a velocidade da luz em uma ampla gama de comprimentos de ondas - ou cores.
Armadilha de luz
Tecnicamente chamado "guia de ondas hiperbólico feito com metamateriais", o chip consiste em camadas alternadas de filmes ultrafinos de metais, semicondutores e isolantes.
O guia de onda retém e absorve cada frequência da luz, em posições ligeiramente deslocadas umas das outras no seu eixo vertical, ou seja, capturando um arco-íris de vários comprimentos de onda.
A grande vantagem do novo chip é que ele permite transferir a energia da luz incidente de forma eficiente, o que pode ser feito de forma compatível com os circuitos atuais de comunicação.
"O processamento dos sinais ópticos é limitado pela rapidez com que o sinal pode ser interpretado. Quando diminuímos a velocidade da luz, isto é, retardamos o sinal, podemos processar mais informações sem sobrecarregar o sistema," explicou Qiaoqiang Gan, líder da pesquisa.
Os pesquisadores demonstraram ser possível retardar a luz no interior de seu chip em diferentes frequências, incluindo visível, infravermelho próximo, infravermelho médio, terahertz e micro-ondas.
Inovação Tecnológica