Julia Martín del Campo e seus colegas descobriram uma rota para sintetizar o hidrogênio a partir da xilose, o açúcar simples mais abundante das plantas, compondo até 30% da parede celular.
O hidrogênio como combustível tem o potencial de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, podendo ser queimado em motores a combustão ou usado em células a combustível para produzir eletricidade diretamente - o único subproduto da "queima" do hidrogênio é a água.
As tentativas de produzir hidrogênio a partir da biomassa veem esbarrando com o alto custo do processo e a dependência de catalisadores de metais nobres, e tudo para produzir uma quantidade muito pequena do gás.
O novo processo a partir da biomassa funciona a pressão atmosférica normal e a uma temperatura de 50º C.
A solução para o catalisador começou com um trabalho anterior da equipe do Dr. Percival Zhang, quando um coquetel de enzimas transformou biomassa em hidrogênio.
O problema é que a maioria dos microrganismos, tanto naturais quanto geneticamente modificados, produz pouco hidrogênio porque eles se preocupam mais em crescer e se multiplicar do que em quebrar as moléculas de água para produzir hidrogênio.
A solução veio na forma de enzimas separadas de seus microrganismos naturais, criando um coquetel de enzimas que não ocorre na natureza.
Segundo Zhang, o novo processo de produção de hidrogênio a partir da biomassa poderá chegar ao mercado em três anos.
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