Objetos feitos à mão facilmente entram na categoria de obras de arte.
Infelizmente, nem todos podem comprá-los.
Cópias produzidas em massa podem parecer muito mais "perfeitas" e terem um preço muito menor, mas nunca terão o mesmo valor, em sentido amplo.
Engenheiros acreditam ter dado um jeito de mesclar as duas coisas, criando um misto de arte e produto industrial que promete nada menos do que lançar as bases de uma indústria da "arte produzida em massa".
Amit Zoran e Roy Shilkrot, do MIT, nos Estados Unidos, criaram uma espécie de cinzel mecanizado, uma ferramenta capaz de produzir objetos de forma parcialmente automatizada, mas deixando neles os traços únicos e inconfundíveis de uma peça feita à mão.
Não se trata de um robô-artesão, mas de uma ferramenta que ajuda um artesão não tão talentoso a criar sua obra - talvez seja mais correto falar de uma "obra-única", em vez de uma "obra-prima".
A ferramenta de entalhar é inicialmente programada com a forma tridimensional do objeto que se deseja esculpir.
Quando o artesão-operário começa a esculpir o bloco de material, atingindo a região superficial da forma final pretendida, o aparelho fornece um feedback físico que retarda o movimento de corte e desbaste.
Se a falta de talento for muito grande, a ponto de uma "martelada" comprometer a integridade estrutural do objeto, o aparelho ajusta a operação em tempo real, de forma a não por tudo a perder.
Por exemplo, se, ao tentar esculpir uma girafa, o usuário tenta desbastar o pescoço além da conta, o computador pode ajustar a operação do formão automatizado, criando apenas um chanfro, de forma a preservar a resistência do pescoço.
Inovação Tecnológica