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Pragas da internet mudam de
forma e ameaçam causar mais estragos
da Reuters
As pragas eletrônicas que se difundem por redes corporativas ou via e-mail,
causando danos a milhares de computadores, estão se tornando mais rápidas,
menores e mais poderosas, disse no fim de semana um especialista em segurança.
Um ataque teórico seria o dos chamados "flash worms", projetados para
se espalhar pela internet em apenas 15 segundos, se dividindo em pedaços cada
vez menores a fim de infectar o maior número possível de computadores, alertou
Jonathan Wignall, presidente do Data and Network Security Council britânico.
Outra potencial ameaça é um vírus que se difunda tão lentamente que ninguém
sequer perceba sua chegada, disse Wignall depois de sua palestra durante a maior
conferência sobre segurança na computação, DefCon.
A praga poderia construir lentamente uma grande base de infecção, que seria
ativada no futuro, explicou o especialista.
Os vírus de internet tipicamente se difundem por meio de programas de e-mail,
como o Melissa, de 1999, e o Love Letter, de 2000, ou através de falhas de
segurança em software, como o Code Red e o Nimbda, de 2001, que exploraram
pontos fracos em programas da Microsoft.
Outro tipo de ataque, os chamados "worms companheiros", teriam o
potencial de carregar outras pragas com eles, previu Wignall. "Isso
permitiria que um vírus trocasse de plataforma", por exemplo do Windows
para o Unix, algo que raramente aconteceu, até agora.
Outra forma de difusão de worms seriam as redes de troca de arquivos musicais,
como o popular Kazaa, pelas quais usuários individuais podem trocar canções e
outros arquivos pela internet.
"Poderia surgir um vírus que conversa com outras cópias do worm",
disse. Esses vírus poderiam até mesmo se atualizar na rede, tornando-se mais
resistentes às defesas antivírus, afirmou o especialista.
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