Médiuns:
porta-vozes do mundo
Os médiuns são porta-vozes de um mundo que as pessoas desejam que exista; isto
corre porque a ciência deixa de satisfazer ou atender a uma necessidade
emocional. Eles são, portanto, canais de alívio para muitas aflições. São
encontrados na religião espírita, no catolicismo e não raro em outras religiões
que seguem normas mais rígidas. A mediunidade não escolhe credo, raça ou
condição social, ela é divina e universal.
Existem vários tipos
de médiuns:
Desobsessores: capazes de orientar os espíritos que não são
evoluídos, contribuindo para sua elevação (geralmente na primeira sessão, a
pessoa sente-se mal, chegando a dar trabalho para os médiuns mais velhos do
centro espírita).
Intuitivos: considerados os mais elevados; eles ouvem, sentem,
recebem o pensamento dos desencarnados, de modo consciente.
Cura: realizam a cura através da imposição das mãos no
doente; fazem orações e cirurgias espirituais.
Psicografia: escrevem mensagens provenientes do plano
espiritual, auxiliados por seus mentores (como o caso do maior médium
brasileiro já falecido, Chico Xavier).
Videntes: podem voltar-se para o futuro, tendo visões de algo
que poderá ocorrer a uma longa distância.
Psicopictógrafos: incorporam pintores desencarnados desenhando
nas telas obras fantásticas (como o médium Gasparetto, conhecido
internacionalmente).
Muitos recorrem a telepatia
(quando é possível ouvir a voz, ou subvoz no seu interior), ou a clarividência
(enxergar o desencarnado ou cenas distantes). Em algumas sessões podem ocorrer
a psicofonia, (o médium fala como se fosse outra pessoa) ou a xenoglassia
(falar ou escrever em outro idioma). Quanto maior for o espírito de luz que está
auxiliando o trabalho do médium, maior é o seu nível de consciência.
A incorporação deve ocorrer
de maneira suave, harmônica, sendo o médium, um portador de palavras de amor.
O ponto em comum de todos os médiuns é o sentimento de ajudar o próximo. A
honestidade é o mais importante aspecto de suas vidas. O físico francês
Patrick Druot, pesquisador do Instituto Monroe dos Estados Unidos, afirmou que:
"não é possível dizer que a mediunidade não existe; a ciência sabe
como o cérebro funciona quimicamente, mas ainda não sabe o que faz o cérebro
funcionar nos casos mediúnicos".
Conclui-se que a mediunidade não
pode se vista apenas como algo religioso, mas um atributo biológico. No Brasil,
no que se refere a mediunidade e a espiritualidade, tem-se como ensinamento:
"dê de graça o que de graça recebeste" (na Inglaterra, a sessão
espiritual é cobrada). Depois do término dos trabalhos, o médium precisa
refazer o seu ectoplasma, a substância semi-espiritual que se renova
posteriormente, devendo ingerir proteínas para retornar ao seu estado normal.
No Brasil, na década de 80, a Federação Espírita, juntamente com a Federação
Nacional afro-brasileira, divulgou que existem cerca de quinze milhões de médiuns,
diretos ou indiretos.
O desenvolvimento da
mediunidade significa estar presente no mundo e não desligar-se dele. O médium
possui uma responsabilidade maior do que uma pessoa comum. Não existe sinal de
santificação, ao contrário; é uma vida com muitas experiências difíceis
para proporcionar o seu amadurecimento. O dever de todo médium é amar,
respeitar o próximo, doar seus ouvidos e consolar os que necessitam. Deve
aperfeiçoar a moral dos homens e lembrar que todos nós estamos sujeitos a lei
do karma, da causa e do efeito. É importante aplicar-se ao serviço do bem,
convertendo-se em um instrumento de luz para si próprio e para todos os que o
rodeiam. Ser médium é uma dádiva. Aproveite esta força!