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Mulher bate papo para pegar criminosos
MARIJÔ ZILVETI
da Folha de S.Paulo
Em salas de bate-papo, ela passa a idéia de uma adolescente de 13 anos. Usa
sempre o mesmo apelido: Kendra. Na vida real, trata-se da dona-de-casa Julie
Posey, 39.
Casada e com uma filha, Posey passa cerca de oito horas por dia, em sua casa no
Kansas, plugada na rede atrás de pedófilos. "Mais de 60 homens com quem
mantive conversas em chats já foram presos", disse Posey, em entrevista
por telefone.
Sua estratégia consiste em manter uma conversa com um pedófilo, passando-se
por uma jovem, e depois entregá-lo à polícia.
Ela admite ter sido estuprada duas vezes quando era jovem. "Assumi a importância
de combater a pedofilia na internet. Não se pode coibir o uso da internet, mas
é preciso combater o pedófilo."
Em sua página (www.pedowatch.org),
ela também dá dicas e informações aos pais para prevenir seus filhos contra
pedófilos.
Posey diz ter em casa um microcomputador "simples com disco rígido de 40
Gbytes", no qual ela grava todas as conversas que mantém com quem se
atreve a buscar meninas menores em salas de chat.
"Quando entro em salas, dou meu apelido e digo que tenho 13 anos. Não
mostro nenhuma foto. Sempre há um interessado."
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