Seres humanos poderiam sobreviver às condições da
superfície do planeta Marte. A conclusão foi revelada nesta terça-feira por
cientistas ligados à Nasa, agência espacial norte-americana, a partir de
dados coletados por um módulo espacial de pesquisa.
Os pesquisadores explicaram que o maior problema para
estabelecer uma base humana no "planeta vermelho" seria a radiação
à qual seus moradores estariam submetidos. No entanto, tal radiação
equivale a, no máximo, o dobro daquela a que os astronautas já se submetem
em missões na Estação Espacial Internacional, que orbita a Terra.
Segundo os cientistas, é necessário realizar mais
pesquisas para ver quais seriam, na prática, os efeitos biológicos da exposição
à radiação de Marte. Entre elas, destacam-se o aumento do risco de câncer,
de catarata e danos ao sistema nervoso. Apesar disso, eles disseram que seria
possível gerenciar tais efeitos, de forma a tornar mais seguras as missões
humanas ao planeta.
Júpiter - Outro grupo de cientistas
revelou detalhes de um plano para enviar uma sonda às luas do planeta Júpiter.
A missão da sonda Galileu, encerrada neste ano, revelou que três das luas
gigantes de Júpiter - Calisto, Ganimedes e Europa - poderiam ter oceanos de
água sob suas superfícies congeladas.
A sonda proposta, que recebeu o nome de Icy Moons
Orbiter, iria explorar a possibilidade de que exista vida nesses oceanos. Uma
dos pré-requisitos da sonda é que ela seja capaz de "pular" de uma
lua para outra. De acordo com a Nasa, isso vai exigir mais energia do que a
usada por outras sondas, e a única forma de suprir essa demanda seria o
uso de um reator nuclear.
No entanto, com as imagens do acidente com o ônibus
espacial Columbia ainda frescas na memória dos americanos, a idéia de
catapultar um reator nuclear no espaço deve encontrar a oposição de muita
gente. Além disso, a Icy Moons Orbiter seria a maior sonda interplanetária
já lançada, e teria um custo bastante elevado, além de demorar anos para
ser construída.