Executivos foram rastreados em evento na Suíça

SÃO PAULO - Os participantes de um seminário sobre internet e tecnologia que aconteceu na Suíça na semana passada foram rastreados, sem saber, durante todo o evento. A denúncia foi feita ao jornal The Washington Times por pesquisadores que estiveram na convenção.

Chips de identificação por rádio-freqüência (os RFIDs) foram embutidos em todos os crachás do World Summit on the Information Society, que terminou na sexta-feira em Genebra. Segundo os pesquisadores Alberto Escudero-Pascual (pesquisador de segurança e privacidade do Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo), Stephane Koch (presidente da Sociedade Internet de Genebra) e George Danezis (da Universidade de Cambridge), estes crachás foram usados por mais de 50 primeiros-ministros, além de presidentes e outros oficiais de alta patente de 174 países – isto sem falar nos executivos. Os três autores da denúncia disseram ter questionado os organizadores do evento sobre a prática, mas que ficaram sem resposta.

O curioso é que fórum discutiu justamente temas como privacidade, direito intelectual e segurança - só que na internet, não no mundo real. E o estranho é que os três pesquisadores disseram ao jornal ter falsificado suas identidades para entrar no evento como se fossem outras pessoas. "Além de violar as leis locais, o sistema ainda falhou na sua missão de prover segurança aos participantes, muitos deles representantes oficiais de alguns regimes e governos críticos", diz o relatório, aludindo à esta fácil falsificação de crachás.

Renata Mesquita, do Plantão INFO

 

 

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