Vá procurar sua turma... 26 anos depois

Nosso amigo resolveu juntar a turma de vestibular e usou recursos da internet para achar o pessoal. Já encontrou quase todo mundo, a partir do convite para a formatura que tinha os nomes e sobrenomes.

Carlos Nepomuceno

Pois bem, um antigo amigo do pré-vestibular falou a frase mágica: "Nepô, vai ser impossível achar o pessoal da nossa turma 26 anos depois de formados".

Eu na hora nem percebi, mas fui picado. Adoro desafios desse tipo. Montamos, a partir daí, uma equipe de "investigadores".

Nossa primeira grande pista foi o convite de formatura com o nome quase completo de todos os alunos. A mãe de um deles guardou o convite durante 26 anos no fundo de uma gaveta!

Sem o nome e sobrenome, realmente, fica difícil.

Começamos a pesquisar as pessoas pelo site: www.telelistas.net. Para aqueles que tínhamos o nome completo, facilitou muito, pois basta colocar nesse site a cidade, o estado e depois, se quiser, filtrar pelo bairro.

Com esta simples diligência, encontramos rapidamente quase um quinto do pessoal, principalmente, aqueles que ainda moram na mesma cidade na qual estudamos.

O convite de formatura, entretanto, abreviou o nome de vários formandos. Um João B. Duarte com um B no meio, pode gerar uma lista de quase cem pessoas, pois a busca terá de ser feita por João Duarte.

Muitos saíram da cidade. Outros pediram para que não constassem no catálogo e ainda existem aqueles que moram na casa dos pais, da sogra, que não possuem telefone próprio.

Nesse ponto o Google ajudou um pouco, não muito, pois nem todos têm seu nome na web - o que é um fato curioso. Colocamos o nome completo da pessoa entre aspas "Carlos Eduardo Nepomuceno da Silva", por exemplo.

As respostas deram pistas da empresa ou instituição, na qual trabalham. Tivemos um sucesso pequeno, mas alguns só conseguimos achar por esse caminho.

As mulheres que trocam de nome, por exemplo, depois que casam tornam-se impossíveis de serem localizadas.

Por fim, ainda na Telelista, utilizamos a parte final do sobrenome para rastrear possíveis parentes. Os mais incomuns ou compostos ajudam bastante nesse processo.

Meu irmão tem uma idéia que acho fantástica para essa questão de achar pessoas. Ele defende que cada brasileiro deveria ganhar um número ao nascer - uma espécie de identificação nacional.

Esse código passaria a ser o da pessoa para todos os documentos, incluindo até a placa de carro. Poderia se ter um serviço de recado, via telefone ou celular, ligando o número ao nome. Algo até pago para evitar propaganda.

O sistema trabalharia internamente assim: o número 34342344 agora atende no telefone tal e tem o seguinte e-mail.

Você pesquisaria pelo número da pessoa e poderia deixar uma mensagem, um recado que seria enviado, via sistema, para o e-mail, fone ou celular do mesmo.

Algo protegido contra spams, com reconhecimento do remetente, feito um a um, possibilitando assim que pessoas que estão desaparecidas da vida de outros pudessem ser mais facilmente localizadas. É um pai que falece, uma mãe, uma tia. Ou um sobrinho que nasce. Ou um grupo de colégio que quer se reencontrar.

Bom, dos 56 alunos da turma já localizamos 46, restam apenas 10. Quem souber, então, alguém que tenha estudado no pré-vestibular do Colégio Acadêmico no Rio de Janeiro, em 1977, é só me dizer. [Webinsider]
 

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