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Hackers
invadem supercomputadores dos EUA
da Folha Online
Hackers invadiram alguns dos computadores mais poderosos do
mundo nas últimas semanas, numa espécie de ciberataque
coordenado contra instituições acadêmicas. Especialistas
de segurança acreditam que essa invasão pode facilitar um
grande ataque na internet.
Algumas das vítimas são a Universidade de Stanford, o
Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos,
O Centro de Supercomputação de San Diego e a Universidade
de Illinois.
Em um comunicado, o Centro de Pesquisa Atmosférica disse
que seus supercomputadores foram comprometidos e partes da
rede foram desconectadas indefinidamente, até que o
problema seja solucionado.
Outra rede comprometida foi a da TeraGrid, que é usada para
conectar diversos supercomputadores e permite que os
cientistas processem grandes cálculos com mais velocidade.
"Houve acessos não autorizados, mas nada foi
danificado ou roubado", disse Catherine Foster, do
Laboratório Nacional Argonne, sede da TeraGrid. "Isso
parece ser uma corrida de hackers por 'medalhas'",
afirmou. Ela explicou que os invasores costumam competir
entre si para ver quem consegue invadir os computadores mais
seguros.
Segundo Foster, alguns computadores da rede TeraGrid tiveram
que ser desligados da rede para receber upgrades de segurança.
Segundo ela os ataques começaram em março e todos os
sistemas devem ser restaurados até o fim de semana.
Mike Levine, diretor científico do Centro de Supercomputação
de Pittsburgh, disse que nenhum dos trabalhos realizados
pela TeraGrid eram confidenciais, e não há "implicações
para a segurança dos Estados Unidos".
Mas Peter Allor, diretor de inteligência da Internet
Security Systems, empresa especializada em segurança, disse
que instituições de pesquisa são os principais alvos de
hackers, pois elas contam com computadores poderosos e que
transferem dados em velocidade muito alta.
Ele disse que esses computadores podem ser programados para
lançar ataques do tipo DoS e tirar do ar grandes sites da
web, como o Google, o Yahoo! e a Amazon, por exemplo.
Os ataques do tipo DoS consistem enviar muita informação
para tornar um site indisponível --é como se milhões de
pessoas tentassem entrar num site de uma vez só, causando
congestionamento.
Com agências internacionais
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