Vírus
de e-mail estão cada vez mais inteligentes
Os vírus de computador difundidos por e-mail estão ganhando sofisticação
e mais inteligência, com a união de forças que aparentemente vem
acontecendo entre os criadores de vírus e os praticantes de spam.
A MessageLabs, que provê
serviços de bloqueio de vírus para os sistemas de e-mail de seus
clientes, informou ter analisado 5,6 bilhões de mensagens de e-mail entre
janeiro e junho de 2004 e constatado que uma em cada 12 delas continha
alguma espécie de vírus que havia penetrado os firewalls usados com o
objetivo de contê-los.
A MessageLabs usualmente
analisa 50 milhões de mensagens de e-mail de seus clientes ao dia, e
entre os usuários de seus serviços há agências governamentais e
empresas do governo britânico, o Bank of New York e a gigante japonesa da
tecnologia Fujitsu .
Embora o número de
e-mails enviado em todo o mundo não seja coberto pelo estudo, o problema
dos vírus de computador pode ser imenso. Eles têm a capacidade de
sobrecarregar computadores com mensagens, causar o desligamento automático
de sistemas e às vezes podem desativar máquinas inteiras.
Em agosto de 2003, o worm
"Blaster" se difundiu rapidamente pelo mundo, infectando entre
200 mil e 300 mil computadores, com base em estimativas de fontes que
variam da Symantec, dos Estados Unidos, à Kaspersky Labs, de Moscou.
Pouco mais tarde, o vírus
"SoBig.F" espalhou-se pelo planeta, derrubando redes de e-mail.
No período, a America Online anunciou ter bloqueado a distribuição de
23,2 milhões de cópias do SoBig.F, e a MessageLabs estimou que um em
cada 17 e-mails enviados estivesse infectado com o vírus.
Outro estudo da
MessageLabs, quanto ao primeiro semestre de 2003, mostrou que um em cada
208 e-mails continha vírus no período, ante índice de um em 392 para o
primeiro semestre de 2002.
A MessageLabs
informou acreditar que a principal ameaça de segurança para os sistemas
de e-mail no primeiro semestre de 2004 é a cooperação mais estreita
entre os criadores de vírus e os praticantes de spam - o uso de e-mail
para difundir mensagens não solicitadas de publicidade de produtos ou
serviços.
Reuters
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