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Grupo holandês propõe
eliminar domínio ".com"
Uma empresa holandesa de tecnologia iniciou um projeto
que pode livrar a rede dos sufixos ".com" e, no lugar
deles, usar nomes únicos que podem ser aplicados a
países, empresas e marcas de fantasia. Um sistema como
esse, que permite aos países, pessoas e empresas ter um
endereço na Web composto por um único nome, oferece
flexibilidade e não depende de idiomas ou caracteres.
"O plano é oferecer nomes em qualquer conjunto de
caracteres", disse Erik Seeboldt, diretor da
UnifiedRoot, de Amsterdã. A UnifiedRoot oferece número
praticamente ilimitado de sufixos, ao contrário da
reduzida lista de sufixos em uso atualmente. Sua
proposta difere dos provedores de "raízes alternativas"
como a New.Net, que oferece registro de nomes seguidos
de uma pequena lista de sufixos como ".club" e ".law".
"Já tivemos milhares de registros em um único dia",
disse Seeboldt, um dia depois que sua empresa, que tem
cem funcionários, instalou 13 servidores de sistemas de
registro de domínio (DNS) da Internet nos quatro
continentes.
O aeroporto holandês de Schiphol é um dos primeiros
usuários. Registrar um nome custa mil dólares, mais taxa
anual de 420 dólares. As empresas podem depois inventar
endereços adicionais para sites, acrescidos ao seu nome
principal de domínio, como por exemplo voos.schiphol ou
estacionamento.schiphol.
Os críticos alegam que empresas com sistemas de
domínio alternativos como a UnifiedRoot causam
ambigüidade, porque instauram um novo conjunto de regras
de tráfego para a Web, que, pelo menos no começo, só
será reconhecido por pequeno número de computadores. Mas
há quem aprove a idéia. "A existência de sistemas
alternativos e a possibilidade de novos domínios
oferecem um bom controle sobre a ICANN, na forma de
competição," disse Jon Weinberg, membro da ICANNwatch,
que fiscaliza as atividades da Internet Corporation for
Assigned Names and Numbers (ICANN), encarregada de
administrar o sistema de domínios da Internet.
A UnitedRoots planeja aproveitar a insatisfação com
relação à ICANN, oferecendo nomes geográficos de domínio
gratuitamente a países, regiões e cidades.
Reuters |