SÃO PAULO – Expôr a marca numa
rede social exige criatividade,
transparência e cuidados com a
privacidade.
A recomendação é de Emerson
Calegaretti, diretor do MySpace
Brasil. “O segredo é entrar na
conversa da comunidade online de
forma interessante”, disse ele,
no painel sobre As Maiores Redes
do Mundo no Brasil, no Seminário
INFO sobre Redes Sociais,
realizado nesta segunda-feira
(18), em São Paulo. No mesmo
painel, participaram também
Fábio Boucinhas, diretor de
produto do Yahoo!, e Paula
Limena, sócia-diretora da
agência Imageneer.
Para Boucinhas, do Yahoo!, é
importante que o cliente da
agência de publicidade entenda
que não basta expôr a marca na
rede social. “É importante
entender porque as pessoas estão
lá”, disse. “A empresa vai
entrar num espaço de interação,
que pode ser positiva ou
negativa.”
Na opinião de Paula, da
Imageneer, ouvir o feedback dos
usuários é essencial. “A grande
vantagem da rede social é que o
tempo de resposta do usuário é
menos, o que nos dá um tempo
maior para correções”, disse.
“Por meio das redes sociais, é
possível chegar a um público
segmentado, agrupado de maneira
que jamais conseguisse chegar
até pouco tempo atrás.
A privacidade do usuário deve
ser respeitada pelas empresas
que gerenciam as redes sociais e
pelas agências publicitárias e
seus clientes. “É importante
permitir que a pessoa se exponha
o quanto quiser”, falou
Callegareti. Boucinhas, do
Yahoo!, alerta que as empresas
devem se basear no comportamento
dos usuários das comunidades
online, mas não nas informações
deles.
Comportamento do brasileiro
O brasileiro é “early adopter”,
entusiasmado com as novidades, e
não tem medo de expôr sua
intimidade, por isso que as
redes sociais explodem no País,
na opinião dos participantes do
painel. “Os latinos e os
asiáticos não são tão
individualistas, gostam de
compartilhar”, disse Boucinhas,
do Yahoo!. Ele observa, entre os
brasileiros, o fenômeno da
“festa cheia”. “Os brasileiros
gostam de festa cheia e
geralmente demoram para
esvaziá-la”, disse.
Porém, muitos internauta
brasileiros ainda não estão
preparados para usar aplicativos
sofisticados, observa
Calegaretti, do MySpace Brasil.
Por conta disso, os widgets
ainda estão na sua infância no
País. “Os widgets ainda não
estão ligados a um anunciante,
mas acredito que os mais
populares vão ganhar patrocínio
no futuro”, disse.
Na opinião de Boucinhas, do
Yahoo!, um widget precisa ser
muito simples. “Se uma pessoa
leva mais de 2 segundos para
entender o que faz um widgets,
ele já morreu”, disse.