SÃO PAULO - Mesmo sem datas
especiais no comércio, o
segmento de celular se manteve
aquecido em julho, segundo dados
preliminares divulgados pelas
operadoras à Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) e
informados nesta sexta-feira.
De acordo com o balanço, o
Brasil adicionou 2,1 milhões de
novos usuários de celular no mês
passado, o que leva o total de
assinantes do país a 135,29
milhões de pessoas.
O número de novos usuários é
13,5 por cento maior que as
adições registradas em julho de
2007, de 1,85 milhão. Já o total
acumulado representa alta de
24,7 por cento sobre os sete
primeiros meses do ano passado.
Nesta quinta-feira, em encontro
com a imprensa, o diretor de
telecomunicações da Associação
Brasileira da Indústria Elétrica
e Eletrônica (Abinee), Paulo
Castello Branco, afirmou que a
entidade prevê que a indústria
produza 81 milhões de aparelhos
celulares este ano.
O número é 19 por cento
superior aos cerca de 68 milhões
de aparelhos fabricados
localmente no ano passado, mas
inclui os exportados e aqueles
que atendem ao cliente que só
quer trocar de modelo, e não
adquirir uma linha nova.
Para Eduardo Tude, presidente
da consultoria especializada
Teleco, "a tendência de
crescimento muito forte no ano
se confirmou".
Segundo ele, "poderia haver
uma expectativa de que, na
comparação com o ano passado,
não se ver mais aumento das
adições líquidas porque o
segundo trimestre de 2007 já foi
de forte crescimento" (enquanto
os três primeiros meses foram
muito fracos), mas o que se viu
foi que o número continuou
superando o mesmo mês do ano
anterior.
"Isso mostra que o ritmo vai
continuar acelerado", disse Tude.
Segundo ele, como o Brasil já
acrescentou 26,8 milhões de
novos assinantes nos últimos 12
meses até julho, e o segundo
semestre é tradicionalmente mais
aquecido, deve-se esperar que em
todo o ano de 2008 sejam
adicionados 28 milhões de linhas
móveis, ante as 21 milhões de
2007.