A maior rede social do Brasil,
com 60 milhões de usuários
cadastrados, não poderia mesmo
ser um espaço apenas para
“miguxos” e desocupados. Quem
sentencia é Wagner Fontoura,
estrategista de mídias sociais
da Riot.
“Hoje o orkut é um lugar
importantíssimo para as empresas
se relacionarem com as pessoas.
As companhias precisam se
posicionar no meio dessa imensa
praça pública para saber o que
estão falando delas por aí”,
explica.
Wagner foi um dos debatedores
no painel “O ecossistema do
Orkut e seus 60 milhões de
perfis”, durante o Seminário
INFO Redes Sociais. Para ele, a
empresa precisa se preocupar com
a forma como se mostra nas
comunidades. “O fake não
funciona. O negócio é se
apresentar de cara limpa,
pedindo permissão do dono ou do
moderador para participar.”
Marcelo Marzola, presidente
da Predicta, acrescenta que as
ferramentas sociais ajudam a
ligar as pessoas, e a marca
precisa estar nesse ambiente de
forma pró-ativa, mostrando seus
valores de forma transparente.
Segundo Manoel Fernandes,
publisher da revista Bites, mais que
fazer parte de uma comunidade, é
preciso ser relevante para os
usuários, apresentando bom conteúdo.
“O melhor exemplo disso são as
próprias comunidades. Às vezes, um
espaço pequeno é mais importante que
um grande, por causa do conteúdo.”
Quem confirma é Yvan Lima,
criador da comunidade do
Corinthians no Orkut. No
entanto, ele alerta para a
importância de não ser
intrusivo. “Temos perfis de
pessoas de lojas de camisas na
comunidade, mas não sei como
seria a reação dos usuários se
outras empresas se metessem no
nosso papo de boteco”, explica.
Guilherme Rios, gerente
executivo da e.Life, dá um
exemplo prático. “Imagine-se na
fila do cinema, falando mal da
pipoca. Aí o atendente chega e
tenta te convencer de que ela é
boa. Você vai entrar na sala
reclamando não apenas da pipoca,
mas também dos empregados
intrometidos.”