NOVA YORK - À medida que os mercados de ações despencam em todo o mundo, as pessoas optam por tentar a sorte no amor online, como forma de esquecer os problemas financeiros e de economizar, de acordo com sites de namoro na Web.
Diversos sites reportaram alta de atividades desde que a crise financeira mundial explodiu, em setembro, porque as pessoas estão em busca de companhia para enfrentar os momentos difíceis e querem economizar o dinheiro que gastariam em encontros reais, por meio da busca de potenciais parceiros na Internet.
"Nos dias em que o índice Dow Jones cai muito, mais de 100 pontos, o número de pessoas que se conectam e passam tempo em nosso site tende a aumentar", disse Gian Gonzaga, pesquisador sênior do eHarmony, à Reuters.
"Faz completo sentido. As pessoas procuram companhia em momentos de desgaste. Os estudos demonstraram repetidamente que um relacionamento pode ajudar a saúde psicológica e física de uma pessoa", acrescentou ele.
O índice acionário Dow Jones acumula baixa de 35 por cento até agora este ano e chegou a seu ponto mais baixo em 12 meses em 21 de novembro, o que apresenta uma situação nova para o setor de encontros online, criado há relativamente pouco tempo. Até agora, o segmento só havia passado por uma crise econômica, a que foi causada pelos ataques do 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
O Match.com, um serviço online de encontros, informou que em novembro registrou o maior crescimento em seu quadro de membros nos últimos sete anos, já que a saraivada de más notícias econômicas está levando as pessoas a procurar amor.
"Em momentos difíceis como esses, as pessoas procuram esperança em suas caixas de email", disse Thomas Enraght-Moony, presidente-executivo do Match.com, que opera sites de encontros em 40 países.
O Perfectmatch.com reportou alta de 47 por cento no número de assinantes nos três meses até novembro, ante o trimestre anterior, o que oferece sustentação às teorias de que os encontros online podem ser um negócio contra-cíclico que funciona bem em um momento de desaceleração econômica.
Uma pesquisa conduzida pelo Opinion Research Corp., conduzida a pedido do eHarmony, afirma que 57 por cento dos norte-americanos afirma que a crise de crédito os deixou mais preocupados sobre suas vidas amorosas. Nesse grupo, os homens casados são os mais estressados, com 63 por cento deles dizendo-se preocupados com a situação da economia.