Um exemplo interessante da união entre tecnologia e medicina foi anunciado na última quinta-feira. Médicos da Universidade de Boston, liderados pelo professor Frank Guenther, ajudaram um paciente mudo a produzir sons com a ajuda de um
eletrodo implantado em seu cérebro.
O paciente sofre de uma síndrome que paralisa todo o corpo, mas mantém as atividades cerebrais e habilidades cognitivas intactas. O eletrodo implantado está ligado a um aparelho que "sente" o que o paciente está pensando e consegue reproduzir até três vogais em um sintetizador, de forma parecida com a da voz humana, informa o site The Future of Things.
Para realizar a cirurgia, os médicos definiram quais áreas do cérebro produziam os estímulos que levavam à fala e à voz, escaneando com ressonância magnética o cérebro do paciente. Com os resultados, souberam onde implantar o eletrodo produzido pelo neurocientista Philip Kennedy, da Neuro Signals, que se acomoda no cérebro.
Por conter fatores neurotróficos, o eletrodo faz com que cicatrizes sejam produzidas à sua volta, evitando que ele se mova e aumentando sua vida útil.
Segundo o site Gizmodo, com o sucesso da operação, os cientistas agora esperam permitir que outros pacientes mudos emitam não só vogais, mas palavras e sentenças inteiras em cinco anos ou menos.
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