Nos últimos anos, os jornais impressos têm enfrentado uma dura batalha contra a internet e a livre circulação da informação, tendo visto quase todas as suas funções tradicionais serem roubadas por serviços gratuitos, instantâneos e interativos de informação na web. Mas, uma nova tendência que está surgindo nos Estados Unidos pode ser um dos caminhos para a sobrevivência econômica dos jornais.Um artigo publicado pelo site Wired cita acordos recentes de grandes jornais como The Washington Post, Times e The Boston Globe como uma tendência que poderá se tornar padrão nos próximos anos. Estes jornais concordaram que a Amazon vendesse leitores eletrônicos com desconto para seus assinantes de conteúdo online moradores de áreas não cobertas pela entrega de jornais.
Segundo o artigo, a Hearst Corp, gigante americana do setor de comunicações, deve lançar em breve um leitor eletrônico próprio com uma tela maior do que os leitores eletrônicos já existentes no mercado, com o objetivo de aproximar a experiência virtual com a leitura tradicional de jornais e revistas impressos.
A Microsoft também poderia estar preparando para os próximos anos um jornal eletrônico transmitido através de um "papel" dobrável e sensível ao toque.
Mas, segundo o artigo do Wired, o principal diferencial dos leitores eletrônicos móveis em relação aos computadores normais é a possibilidade de identificarem a localização exata do usuário, permitindo que sejam transmitidas informações específicas sobre o local onde a pessoa se encontra.
"Estamos descobrindo que um número cada vez maior de jovens estão adquirindo notícias através dos seus smartphones", afirmou Geeta Dayal, professora de uma disciplina sobre telefones celulares e jornalismo no curso de comunicação da Universidade da Califórnia. "E, quanto mais as pessoas usam seus telefones celulares para ter acesso a informações, mais eles vão querer saber o que está acontecendo onde eles estão no momento", acrescentou.
Deste modo, se desenha como um futuro possível para os jornais o de produzir informação "hiperlocal", um tipo de serviço já prestado pelo site americano Yelp, cuja versão de aplicativo para o iPhone oferece indicações de restaurantes e serviços próximos ao local onde o usuário do telefone se encontra.
O artigo da Wired acredita que, dentro de alguns anos, os usuários de smartphones e outras tecnologias móveis vão ser os principais usuários dos serviços de informações pagas através da web, justamente por estarem interessados em conteúdos específicos do local onde eles se encontram.
Redação Terra