da Folha de S. Paulo
Cores, formatos, combinações totalmente inesperadas ou usos diferentes de tudo o que já foi antes visto. Na disputa pelo consumidor, parece que os fabricantes estão atirando para todos os lados.
A prática de desenhar o produto para seduzir o consumidor e tentar aumentar as vendas é chamada de styling, segundo o professor Luís Cláudio Portugal do Nascimento, que dá aulas de design na USP (Universidade de São Paulo). "É quando se cria uma forma alternativa, que possa criar uma necessidade artificial ao consumidor", explica.
Atualmente, uma parte da tendência está associada a produtos ligados no USB ou com luzes do tipo LED --além de grandes opções de camisetas, que ganham novas funções.
Agente secreto
Outra tendência é a de produtos definidos como "espiões", que escondem câmeras e microfones em objetos como relógios de pulso e óculos.
Também existem peças que acabam se tornando engraçadas. Uma delas é o despertador que levanta voo ao soar seu alarme logo pela manhã e força o usuário a acordar e levantar para desligá-lo.
Mas o design diferente não precisa ser negativo. Novos materiais e texturas são uma tendência do mercado, segundo o estudante de artes plásticas Gabriel Almeida. Para ele, os novos produtos trazem leveza e acabamento coeso. Exemplos disso são o Walkman W e o mouse Titanium ID.
Mas o consumidor deve sempre estar atento. "Ele deve levar em conta o uso que será feito e fazer uma análise crítica. É preciso ver conforto, fatores ambientais e facilidade de limpeza, sem deixar de lado a estética", diz Nascimento.