Reuters
LONDRES - O site WikiLeaks divulgou detalhes sobre lugares em todo o mundo que os Estados Unidos consideram ser vitais para seus interesses, motivando críticas de que estaria ajudando militantes a identificar alvos para ataques.
Os detalhes fazem parte dos 250 mil despachos diplomáticos obtidos pelo website e que estão sendo levados a público.
A lista começa com uma mina de cobalto na República Democrática do Congo e faz referência a vários locais na Europa onde empresas farmacêuticas produzem insulina, soro antiofídico e vacinas contra febre aftosa.
No Oriente Médio, os documentos notam que até 2012 o Catar será a maior fonte de gás natural liquefeito (GNL) e aludem também à instalação de Abqaiq, na Arábia Saudita, a maior usina mundial de processamento e estabilização de petróleo.
A Al Qaeda lançou um ataque mal-sucedido contra Abqaiq em 2006, e houve avisos de que o documento vazado pelo WikiLeaks, contendo tantos alvos delicados, poderia ser útil a militantes.
O ex-ministro britânico do Exterior Malcolm Rifkind acusou o WikiLeaks de "irresponsabilidade geral, beirando a irresponsabilidade criminosa".
"Este é o tipo de informação ao qual terroristas querem ter acesso", disse Rifkind ao jornal The Times.
O material divulgado apresenta informações detalhadas sobre instalações cuja perda poderia impactar a saúde pública, a economia ou a segurança nacional dos Estados Unidos. Foi redigido depois de, no ano passado, o Departamento de Estado ter pedido às missões dos EUA no exterior uma lista desse tipo de instalação.
O telegrama faz referência a lugares onde cabos de comunicações submarinos se conectam com rotas terrestres e energéticas.