Uma agência governamental dos Estados Unidos propôs nesta quarta-feira um plano para fornecer aos usuários na internet um mecanismo que proteja sua privacidade frente os programas de rastreamento que armazenam e vendem suas informações na rede.
A Comissão Federal de Comércio (FTC, por sua sigla em inglês), que se encarrega de proteger a privacidade dos consumidores nos EUA, publicou o relatório como um marco de recomendações ao governo, legisladores e empresas. A proposta é apresentada em meio ao debate sobre a privacidade na internet nos EUA, que ressurgiu após vários erros nos sistemas de confidencialidade da web e de redes sociais como o Facebook.
Uma das maiores preocupações da FTC são os programas "invisíveis" que se instalam automaticamente em computadores com a entrada do usuário em um site e servem para rastrear suas ações e compartilhá-las entre empresas. Os dados recopilados servem para projetar gostos, costumes e atitudes de usuários a uma escala global e tão extensa como é a internet, uma informação muito valiosa e utilizada por agências de publicidade.
A FTC conclui que as regulações das companhias sobre o tema "falharam à hora de fornecer uma proteção adequada e significativa" aos consumidores. A resposta para a agência governamental é "privacidade por definição", um termo que utiliza para explicar como as companhias deveriam fornecer sistemas que protejam o usuário por obrigação.
Para isso, propõe uma ferramenta de "não rastreamento" ("Do Not Track") que as empresas deveriam implementar para que os consumidores escolham se podem guardar dados como suas buscas e navegação na web. A armazenagem dessa informação deveria ser permitida apenas quando for necessária e eliminada de uma maneira regular, segundo o relatório, que foi apresentado um dia antes de a subcomissão da Câmara de Representantes de Comércio e Defesa do Consumidor tratar do mesmo assunto em uma audiência.
Agencia EF