O suor é um dos fatores que pode fazer desistir da ideia quem pensa em pedalar até o trabalho, especialmente em dias quentes ou quando o percurso envolve trechos ladeira acima. Para contornar isso, é possível instalar um motor elétrico na magrela.
Hoje, ele economiza cerca de R$ 230 por mês com o carro na garagem. "Estimo o custo [de rodagem da bike elétrica] em R$ 0,02 por km."
"Queria voltar a pedalar e não podia chegar suado ao escritório, onde trabalho com roupa social", conta, explicando que a bicicleta estava "estacionada" havia um bom tempo. "A cidade onde moro [Maringá (PR)] é plana, mas o trajeto que faço tem subidas."
Ele diz que pretende instalar uma bateria de maior capacidade, de íons de lítio, e tração também na roda traseira. "Agora estou apaixonado pela bike e não quero parar de incrementá-la."
Seu percurso é de seis quilômetros e, por ser curto, pode ser totalmente feito sem pedalar. O motor que instalou é relativamente forte, com potência de 1.000 W (carga máxima de 150 kg).
Cleber diz que a conversão dura cerca de três horas. Uma desvantagem é o peso, maior.
Além da Wind Bikes, loja por meio da qual Cleber comprou seu kit de conversão, outros estabelecimentos que vendem semelhantes são Bicimoto e Brazil Electric.
As mais notáveis marcas de bicicletas elétricas já prontas no Brasil são Blitz, Dafra, Evolubike, General Wings, Movegreen e, mais recentemente, Ecostart e Multilaser.
VULNERÁVEL
Para Willian Cruz, editor do site "Vá de Bike", versões elétricas podem ser perigosas. "É fácil abusar da velocidade quando o motor está ligado", diz.
Além disso, seu usuário fica em situação de vulnerabilidade jurídica, diz Crus. "O uso de bikes elétricas não é regulamentado. Se um policial te parar e quiser apreender sua bicicleta porque ela não está licenciada, ele simplesmente pode."
"Mas considero a bicicleta de pedalada eletro-assistida uma boa alternativa para quem tem uma limitação física, como excesso de peso, e quer pedalar."
Folha Online