Físicos das universidades de Bath e Exeter, no Reino Unido, demonstraram que o grafeno possui taxas de resposta óptica extremamente curtas.
Antes de subirem, ou depois que descem dos satélites, as informações digitais são transmitidas através de dispositivos optoeletrônicos, tais como fibras ópticas, lasers e fotodetectores.
Os sinais são enviados por luz com comprimento de onda na faixa do infravermelho e guiados usando interruptores ópticos, que convertem os sinais em uma série de pulsos, verdadeiros pacotes de fótons.
As chaves ópticas atuais disparam um pulso a cada poucos picossegundos - cerca de um trilionésimo de segundo. Quanto mais rápidos forem esses disparos, maior será a velocidade de transmissão da informação.
Thomas Limmer e seus colegas observaram agora uma taxa de resposta de um detector óptico à base de grafeno na faixa de 100 femtossegundos - cerca de 100 de vezes mais rápido do que os materiais atuais.
O dispositivo não é feito de grafeno propriamente dito, que contém apenas uma camada atômica - em vez disso, os cientistas usaram várias camadas empilhadas do material, no que eles chamam de "grafeno de poucas camadas".
"Nós observamos uma taxa de resposta óptica ultrarrápida usando o 'grafeno de poucas camadas', que tem aplicações interessantes para o desenvolvimento de componentes optoeletrônicos de alta velocidade. Esta resposta rápida está na parte infravermelha do espectro eletromagnético, onde muitas aplicações em telecomunicações, segurança e também na medicina estão sendo desenvolvidas," comentou o professor Enrico Da Como, coordenador do experimento.
No longo prazo, estes componentes também poderão levar ao desenvolvimento de lasers de cascateamento quântico baseados em grafeno. Esse tipo de laser semicondutor é utilizado no monitoramento de poluição, segurança e espectroscopia.
Outros estudos já demonstraram que as propriedades elétricas do grafeno podem ser controladas com luz, facilitando ainda mais sua integração com a eletrônica atual.
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