E, em termos de ferramentas para realizar a incisão, as únicas opções são furadeira e serra.
Em breve, contudo, o crânio poderá ser cortado com muito maior precisão, e menor risco para o paciente, usando um feixe de laser.
Pesquisadores do Instituto de Microssistemas Fotônicos, na Alemanha, criaram microespelhos que cobrem uma superfície muito maior do que os atuais, permitindo guiar feixes de laser de grande diâmetro.
O feixe de laser é levado até o instrumento de mão através de um braço espelhado articulado. Seu núcleo consiste de dois novos tipos de microespelhos.
O primeiro faz a incisão no crânio - ele dirige o feixe de laser de forma dinâmica ao longo dos ossos do crânio. O segundo ajusta qualquer mau posicionamento.
A novidade é que os componentes são miniaturizados, podendo tolerar lasers com potência de até 20 watts - o que é cerca de 200 vezes mais do que os microespelhos convencionais.
Além disso, os espelhos - que medem 5 x 7 milímetros e 6 x 8 milímetros - são muito grandes e, assim, também podem orientar feixes de laser de grandes diâmetros. Para comparação, os microespelhos atuais medem entre 1 e 3 milímetros.
Enquanto o painel de silício dos microespelhos convencionais é espelhado por uma camada de alumínio medindo 100 nanômetros de espessura, os novos microespelhos têm suas camadas reflexivas aplicadas eletricamente diretamente sobre o substrato.
Na faixa visível do espectro, os novos espelhos refletem não apenas 90% do feixe de laser, como acontece hoje, mas 99,9%.
Preocupado com um médico disparando um laser na sua cabeça? Pode ficar tranquilo, porque o controle do laser é muito mais preciso do que uma furadeira e uma serra na mão mesmo do mais talentoso cirurgião - sobretudo quando o assunto é a hora de parar de furar e cortar.
Inovação Tecnológica