Enquanto o cinema 3D sem óculos começa a virar realidade, livrar-se dos óculos nas TVs 3D tem sido mais complicado.
Já existem TVs e monitores de vídeo 3D sem óculos para uso doméstico, mas os aparelhos desse tipo, chamados autoestereoscópicos, ainda são muito caros e têm muitas restrições de posição do espectador.
Para dispensar os óculos 3D, a televisão precisa ter informações sobre a posição exata dos olhos de cada espectador. Isso é obtido por meio de câmeras embutidas, que rastreiam os olhos das pessoas continuamente, gerando as imagens corretas para cada olho, a fim de produzir o efeito 3D.
No entanto, a tecnologia ainda tem suas fragilidades. Se o usuário se move muito rápido ou muda de posição, por exemplo, as imagens aparecem distorcidas ou instáveis.
Por isso, os fabricantes recomendam distâncias precisas de visualização, além de uma recomendação do tipo "fique quieto na hora de assistir TV".
Mãe, posso mexer agora?
Engenheiros do Instituto Heinrich Hertz, na Alemanha, desenvolveram agora uma nova técnica de processamento de imagens que permite que os espectadores desfrutem de uma qualidade 3D, mesmo se forem do tipo irrequieto.
Na prática, a técnica amplia os limites de visualização das TVs autoesterescópicas, mantendo o efeito 3D mesmo quando o espectador estiver entre a metade e o dobro das distâncias recomendadas pela tecnologia atual.
O truque foi otimizar o software de geração das imagens, recalculando os subpixels individuais por meio de um algoritmo matemático sempre que o espectador muda de posição.
As imagens são formadas para a posição exata entre os olhos esquerdo e direito, ficando disponíveis como pontos de visualização adicionais.
O espectador pode se mover não só para a frente e para trás, mas também para os lados, sem detectar qualquer distorção, e sem que as imagens fiquem saltando para frente e para trás entre as posições.
"Os sistemas 3D sem óculos estão começando a ser usadas na medicina, em pesquisa e aplicações industriais. O novo software também pode dar um novo impulso para a introdução da tecnologia em casa ou na publicidade," disse Klaus Hopf, coordenador do trabalho.
Inovação Tecnológica