Versões para dispositivos móveis da Apple e para a web serão lançadas nesta quinta-feira (8), e uma versão para Android deve chegar em semanas.
Os usuários do Instagram podem capturar até 15 segundos de vídeo, um pouco mais do que o máximo do Vine, que é de seis segundos. O MixBit permite 16 segundos.
Assim como seu nome sugere, MixBit é sobre mesclar e editar vídeo. Tanto o aplicativo quanto o respectivo web site, MixBit.com, têm como objetivo facilitar o cortar e colar de trechos de vídeo.
Ferramentas simples, embutidas no app, permitem que usuários editem os clipes de 16 segundos e tornem-nos um vídeo de até uma hora de duração (com 256 cortes). O produto final pode ser compartilhado no Twitter, no Facebook, no Google Plus ou no site do MixBit.
Pense no app como "capture, edite e compartilhe." Você não tem nem que ter filmado --o site do MixBit permite que qualquer um pegue vídeo compartilhado publicamente na web e faça um remix.
Na verdade, disse Hurley, estimular as pessoas para que remixem os vídeos de outras pessoas e criem novas obras é o principal objetivo do serviço, que é o primeiro fruto da Avos Systems, a start-up que ele e Chen fundaram há dois anos.
(A companhia recebeu financiamento do braço de capital de risco do Google, empresa que adquiriu o YouTube, assim como das empresas Innovation Works, Madrone Capital e New Enterprise Associates.)
"Todo o propósito do MixBit é reusar o conteúdo dentro do sistema", disse Hurley em entrevista. "Eu realmente quero focar nas grandes narrativas que as pessoas podem contar."
A possibilidade de criar essas histórias em vídeo poderia dar uma vantagem ao MixBit, ao menos momentaneamente, sobre o Vine e o Instagram, que estão crescendo rapidamente.
O Vine não tem ferramentas de edição e o Instagram adicionou algumas bastante rudimentares na quarta-feira.
REMIX, AQUI VAMOS NÓS
Em entrevista recente, Laura Krajecki, chefe da divisão de consumidores da companhia de publicidade Starcom MediaVest Group, disse que nem o Twitter nem o Vine são verdadeiramente suficientes para atender às demandas de jovens consumidores ao redor do mundo de brincar com vídeo, mesclando os próprios trabalhos com os de outros.
"Crie um app que permita que as pessoas editem, e é para aí que elas irão", disse, falando de maneira geral sobre uma oportunidade de mercado --e não sobre o MixBit em particular.
Mas uma decisão crucial tomada pela Avos é bem capaz de conter o app: ele é totalmente anônimo e comunitário. Os usuários não podem postar seus vídeos sob um registro, um nome, e eles não podem comentar nos trabalhos de outras pessoas.
"Todos querem ser reconhecidos", disse Hurley. Ele disse que o MixBit adicionará opções de identidade em algum momento.
Mas, por enquanto, tem tudo a ver com compartilhar, num sentido comunitário.
"Queríamos em primeiro lugar criar uma comunidade dentro do MixBit", disse. "Ver como isso se desdobra será bastante interessante."
Folha Online