No ranking de velocidade na internet proposto pelo relatório "State of the Internet", o Brasil ocupa a 73ª colocação, perdendo para países como Colômbia (2,8 Mbps) e Coreia do Norte (2,7 Mbps).
Segundo Marcos Feitosa, engenheiro da empresa do segmento de fibra óptica TE Connectivity, o desenvolvimento do setor de telecomunicações no Brasil foi prejudicado pela estatização das companhias telefônicas.
Ele aponta, contudo, que o país tem visto um avanço substancial desde 1998. "Nossas redes estavam sucateadas, os equipamentos envelhecidos, a capilaridade não existia e só agora, depois de 15 anos, estamos alcançando uma condição estrutural que nos permite distribuir as comunicações como se deve", diz.
Outros fatores podem explicar a posição do Brasil no ranking, segundo Feitosa. Entre elas a excessiva carga tributária e o alto preço da fibra óptica.
"As operadoras começaram a fazer sua parte construindo novas redes ópticas e celulares. Porém, sem um profundo programa dos governos, aliado à iniciativa privada, ajudando a fazer com que todos tenham acesso, será difícil", afirma.
MUNDO AFORA
O "State of the Internet" mostra ainda que a velocidade média da internet em países subdesenvolvidos segue crescendo, ainda que num ritmo lento, o que indica mais investimento em infraestrutura.
A Ásia continua sendo o continente com a internet mais veloz, com Coreia do Sul (14,2 Mbps), Japão (11,7 Mbps) e Hong Kong (10,9 Mbps) liderando o ranking.
Folha Online