Icterícia leve é benéfica para os recém-nascidos

Logo após o nascimento, os bebês podem apresentar icterícia – um distúrbio que deixa a pele e a região ao redor dos olhos amareladas – como um mecanismo de proteção do corpo contra substâncias nocivas chamadas radicais livres, sugeriu uma nova pesquisa.

O organismo dos bebês e dos adultos têm mecanismos de proteção contra os danos causados pelos radicais livres, disse o coordenador do estudo, Salomon H. Snyder, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA).

Os resultados do novo estudo sugerem, porém, que muitos bebês obtêm proteção extra proporcionada pelo pigmento amarelado bilirrubina que se acumula no corpo. Esse pigmento age como um antioxidante, mas também provoca uma icterícia leve e deixa a pele amarelada.

Os bebês que não apresentam icterícia ao nascer não estão com nenhum problema, alertou o pesquisador. Na opinião de Snyder, os médicos deveriam reconsiderar o tratamento imediato de bebês com níveis ligeiramente mais elevados de bilirrubina no organismo após o nascimento.

"Esses dados sugerem que não é necessária muita preocupação" com uma icterícia leve em recém-nascidos, disse Snyder.

A bilirrubina se forma a partir da decomposição de antigas células vermelhas (hemácias) do sangue e de outros componentes do organismo que contêm o grupo químico heme, que faz a ligação com o oxigênio.

A icterícia ocorre quando a bilirrubina se acumula no sangue e não é excretada pelo fígado no intestino. Há muito tempo os médicos sabem que o excesso de bilirrubina pode ser prejudicial para os bebês.

Jornal de Brasília
 

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