Dieta
rica em leite eleva risco de Parkinson entre homens
Os
homens que consomem grande quantidade de produtos à base de leite
apresentam um risco um pouco maior de desenvolver o mal de Parkinson. Os
laticínios, porém, não causam esse mesmo efeito entre as mulheres. Os
pesquisadores afirmaram que são necessários mais estudos para
confirmar esses resultados.
A equipe de Honglei Chen, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em
Boston (Massachusetts), informou que mesmo que a dieta interfira no
Parkinson, provavelmente ela representa apenas um entre muitos fatores.
Como consequência, a redução do consumo de laticínios pode não
apenas não alterar o risco da doença entre homens, mas também
aumentar a probabilidade de surgirem outros distúrbios associados ao
baixo consumo de cálcio e de vitamina D.
"Como outras doenças crônicas, o Parkinson é multifatorial. Já
se propuseram muitas hipóteses, mas quase todas precisam de mais evidências
que mostrem sua relevância para o surgimento da doença de Parkinson em
humanos. Caso realmente interfira na doença, a dieta será apenas um
dos fatores que predispõem alguém a desenvolver o distúrbio",
disse Chen.
O mal de Parkinson provoca tremores, rigidez muscular e problemas de
locomoção. A causa subjacente é a lenta perda de neurônios que
produzem dopamina, substância química que atua como um mensageiro no cérebro
(neurotransmissor) e está envolvida no controle do movimento. Desde a
descoberta da enfermidade, os pesquisadores não conseguem determinar a
causa exata da doença. Muitos suspeitam que seja decorrente de uma
combinação de fatores ambientais e genéticos, somados ao
envelhecimento.
Vários estudos anteriores tentaram determinar a influência da dieta
sobre a doença, mas a maioria dos trabalhos produziu resultados
contraditórios.
Na mais recente investida para compreender a interferência dos
alimentos no desenvolvimento do Parkinson, a equipe de Chen constatou
que os homens que consumiam uma quantidade maior de laticínios corriam
um risco mais elevado de desenvolver a doença. Os maiores apreciadores
ingeriam ao menos três porções diárias de alimentos à base de
leite, enquanto quem consumia menos tomava uma refeição por dia.
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