Rede de diversão Os campeões


Greice Rodrigues

O clima era de competição, mas não faltou divertimento para quem assistiu à final da etapa brasileira do World Cyber Games 2003, torneio mundial de jogos eletrônicos, ocorrida em São Paulo entre os dias 26
e 28 de setembro. Para mais de 13 mil jovens vindos de todo o País, foram 48 horas de agito com música eletrônica, hip hop, exibição de filmes e, claro, jogos em rede. Os dez finalistas irão representar o Brasil na Coréia do Sul, em outubro. Entre os campeões está a equipe carioca MIBR que venceu a paulista G3X no Counter-Strike, modalidade coletiva. “Será uma grande emoção representar o Brasil. Haverá adversários fortes, como os coreanos e os americanos”, diz um dos campeões, Carlos Henrique Segal, 19 anos.

Essa será a terceira participação brasileira na competição. Em 2001, o País ficou em sétimo lugar com a equipe G3X de Counter-Strike e em 2002 garantiu posição entre os 12 melhores na categoria individual de StarCraft. Apesar da tradicional supremacia coreana, o Brasil chegará como favorito em várias modalidades. “Esse é o maior e o melhor grupo que já levamos para o Exterior”, afirma o chefe da delegação brasileira, Léo de Biase, da Cyber Games&Internet, que organizou o evento.

Patrocinado por Samsung Eletronics e Intel, líderes mundiais em tecnologia digital, o WCG realizou eliminatórias em várias regiões do Brasil durante três meses. Mais de cinco mil jogadores disputaram as 160 vagas da final de São Paulo. De acordo com o vice-presidente da Samsung, Joong Hun Cho, só nessa etapa do campeonato foram investidos US$ 250 mil. “Nosso objetivo é transformar essa competição em uma modalidade esportiva oficial”, afirma ele. Se depender de números, o feito é bem provável. Esse é um mercado em expansão e no Brasil o faturamento gira em torno de R$ 100 milhões por mês. A compensação financeira para o bom jogador também é tentadora. Os vencedores do mundial vão levar para casa US$ 400 mil.

No Brasil, não foi só a competição que atraiu os fanáticos por games até o evento. O festival de atividades que aconteceu em paralelo agradou muito aos gamers de plantão. A mais disputada foi a Lan Party, uma maratona de jogos que durou todo o fim de semana e reuniu 200 jogadores. Além de levar seus próprios computadores, os prevenidos foram munidos de colchonetes, comida e garrafões de água. Para não perder um minuto da festa, outros dormiam sentados nas cadeiras ou debaixo das mesas. Segundo Flávio Freddi, gerente de marketing da Intel, essas festas acontecem, periodicamente, nas principais capitais do Brasil. “Elas integram pessoas de todas as idades, sexos e regiões”, explica ele.

 

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